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Em visita ao Vaticano, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participou de uma audiência com o papa Leão XIV e reforçou o apelo por uma solução negociada para o conflito com a Rússia. Acompanhado da esposa e do chanceler Andrii Sybiha, Zelensky agradeceu o pontífice por colocar a Santa Sé à disposição para sediar futuras negociações de paz. Leão XIV tem defendido uma “paz justa e duradoura” e sinalizado disposição para atuar como mediador neutro no cenário internacional.
O líder ucraniano escreveu nas redes que “a voz e a autoridade da Santa Sé podem ter um papel importante no fim dessa guerra” e afirmou estar pronto para dialogar com a Rússia “em qualquer formato, desde que haja resultados concretos”. O encontro com o pontífice durou cerca de uma hora e ocorreu num momento em que crescem os apelos por uma saída diplomática para o conflito, que já causou centenas de milhares de mortes e graves impactos humanitários.
Após a audiência, Zelensky seguiu para a residência oficial do embaixador dos Estados Unidos em Roma, onde se reuniu com o vice-presidente americano, J.D. Vance, e com o secretário de Estado, Marco Rubio. A conversa girou em torno das negociações realizadas em Istambul, que não avançaram devido à ausência de representantes com poder de decisão por parte do governo russo.
Zelensky voltou a cobrar um cessar-fogo imediato e sem condições, além de reafirmar a importância da manutenção das sanções internacionais contra Moscou. Ele também abordou temas como cooperação em defesa, comércio bilateral, troca de prisioneiros e a situação nas frentes de batalha, destacando a urgência de uma pressão diplomática firme sobre o Kremlin.
J.D. Vance, por sua vez, ampliou sua agenda com reuniões com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. As conversas trataram tanto da guerra no leste europeu quanto de temas estratégicos como tarifas comerciais e investimentos em defesa, em um contexto de tensões globais crescentes.
O encontro entre Zelensky e Leão XIV marca um novo capítulo nos esforços da diplomacia internacional por uma saída pacífica e equilibrada para a guerra. A liderança moral do novo papa, somada ao compromisso público da Ucrânia com o diálogo, reacende esperanças de que o Vaticano possa atuar como um canal de construção de pontes entre os lados envolvidos.
Com informações da Folha S. Paulo
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