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Durante audiência no Senado nesta terça-feira (20), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou como “carnificina” o massacre perpetrado por Israel na Faixa de Gaza, condenando duramente a invasão e as ações do governo israelense que violam o direito internacional. O chanceler brasileiro ainda anunciou que o governo Lula está preparando nova operação de resgate de cidadãos brasileiros presos na zona de conflito.
Vieira relatou que milhares de crianças palestinas já foram assassinadas e lamentou a paralisia do Conselho de Segurança da ONU diante da tragédia. Segundo ele, a incapacidade do órgão em agir deve-se ao abuso do poder de veto dos membros permanentes, que travam qualquer avanço em defesa da paz e da dignidade humana. “A comunidade internacional não pode seguir de braços cruzados”, declarou.
O ministro também criticou a recente legislação israelense que busca legitimar a apropriação de territórios palestinos por colonos, o que classificou como uma afronta ao direito internacional. Ele alertou para o risco real de uma anexação de Gaza, denunciando a operação como uma invasão que, assim como a da Ucrânia pela Rússia, deve ser condenada sem exceções.
No mesmo evento, Vieira confirmou que há ao menos oito brasileiros, incluindo crianças, ainda retidos na Faixa de Gaza. Segundo ele, o Itamaraty está mobilizado para garantir a repatriação imediata dessas pessoas. A situação humanitária foi descrita como crítica, exigindo uma resposta urgente por parte dos organismos internacionais.
O chanceler também adiantou que o Brasil participará de uma reunião em Madri com países árabes, o Reino Unido e representantes da União Europeia para debater o reconhecimento do Estado da Palestina. Desde 2010, o Brasil mantém posição clara e soberana de apoio à criação do Estado palestino com base nas fronteiras de 1967.
Por fim, Mauro Vieira enfrentou questionamentos da oposição sobre o asilo concedido a Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru. O chanceler rebateu as críticas sem recuar de sua postura humanitária e de respeito ao devido processo legal, reafirmando a soberania do Brasil em suas decisões diplomáticas.
Com informações do Brasil247
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