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A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (20) que as políticas econômicas adotadas por Donald Trump nos Estados Unidos estão corroendo a credibilidade do dólar como moeda de referência global. Segundo ela, a instabilidade provocada por medidas tarifárias e estratégias unilaterais de Washington têm afastado investidores e aberto espaço para o avanço do BRICS no cenário internacional.
Durante conferência promovida pela Fundação Perseu Abramo, Dilma destacou que o grupo de países que compõem o BRICS — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — vem ganhando protagonismo na economia mundial, inclusive com avanços tecnológicos significativos, como os observados na China. Ela apontou que a tentativa de Trump de ressuscitar um modelo industrial ultrapassado, com o uso abusivo da hegemonia do dólar, ameaça a própria estabilidade que os EUA sempre reivindicaram representar.
A ex-presidenta explicou que os Estados Unidos mantiveram por décadas grandes déficits fiscais e comerciais com base no privilégio internacional do dólar. No entanto, com o aumento das tensões geopolíticas e o uso do sistema financeiro como instrumento de guerra comercial, esse status está em xeque. “Trump cria incerteza e mina o dólar como porto-seguro”, afirmou.
Dilma ressaltou que a atual postura dos EUA tem impulsionado o BRICS a buscar alternativas. Ela mencionou que a adoção de moedas locais nas transações entre os países do bloco e a consolidação do Banco do BRICS são movimentos estratégicos que refletem uma nova ordem multipolar em construção.
A presidente do NDB também informou que o Brasil participará de uma reunião internacional em Madri, ao lado de países árabes, Reino Unido e União Europeia, para discutir o reconhecimento formal do Estado da Palestina — reafirmando o compromisso do país com a justiça internacional e o multilateralismo.
Com informações do Brasil247
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