22/5/2025 15:51

Golpismo internacional: Bolsonaro articula crise entre Brasil e EUA para fugir do STF

560 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A nova ofensiva do clã Bolsonaro para tentar evitar a iminente prisão de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal pode mergulhar o Brasil em uma crise diplomática sem precedentes com os Estados Unidos. Articulada por Eduardo Bolsonaro, a trama busca usar a extrema-direita ligada a Donald Trump para pressionar o governo norte-americano a impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras.

O plano foi escancarado após o deputado republicano Cory Mills reproduzir, em audiência, uma série de mentiras bolsonaristas sobre “censura” e “perseguição política” no Brasil. Tudo isso após receber Eduardo e sua aliada Filipa Barros, que hoje preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em visita institucional forjada para legitimar a ação.

????Sec. @marcorubio says he is currently analyzing sanctions against Moraes under the Global Magnitsky act (human rights violations).

Rep. @CoryMillsFL is a man of word. He did the question after meet, last week, with ????Rep. Eduardo Bolsonaro and ????Rep. @filipebarrost, chairman… pic.twitter.com/icTJrdL1tU

— Eduardo Bolsonaro???? (@BolsonaroSP) May 21, 2025

A estratégia, revelada por Eduardo em live ao lado do pai, ainda hospitalizado, é estender sanções não apenas a Moraes, mas também a sua esposa, Viviane Barci, e ao escritório de advocacia da família. O objetivo declarado é aplicar uma "pena de morte financeira", utilizando a Lei Magnitsky, recurso jurídico criado para punir violações de direitos humanos, mas agora distorcido para servir a interesses golpistas.

O plano ataca também as famílias de outros ministros do STF, como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Cristiano Zanin, cujas esposas atuam em escritórios de advocacia. Até servidores públicos que participaram de investigações contra a organização criminosa bolsonarista, como o delegado Fábio Shor e membros da PGR, estão na mira das sanções solicitadas pela extrema-direita brasileira.

Na prática, trata-se de um ataque direto à soberania nacional, travestido de preocupação com os “direitos humanos”, vindo justamente de um grupo que promoveu ataques terroristas aos Três Poderes em janeiro de 2023. Se o governo dos EUA ceder às pressões do bolsonarismo e de Trump, o Brasil deve reagir de forma institucional, por meio do Itamaraty, tratando o caso como uma agressão de Estado.

Essa escalada autoritária expõe o desespero de quem sabe que a justiça está próxima. Com o avanço dos processos contra Jair Bolsonaro, a extrema-direita tenta internacionalizar a crise para proteger seu líder e desestabilizar a democracia brasileira, colocando em risco as relações diplomáticas e o prestígio internacional do país.
Com informações da Fórum

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