22/5/2025 17:04

Em gesto autoritário, Trump corta visto de estudantes de Harvard por protestos pró-Palestina

550 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Universidade de Harvard tornou-se alvo da retaliação autoritária do governo Trump após se recusar a delatar estudantes envolvidos em manifestações pró-Palestina. Nesta quinta-feira (22), o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou a revogação da autorização da universidade para matricular estudantes estrangeiros, atingindo diretamente milhares de jovens de todo o mundo.

A decisão foi comunicada oficialmente pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que determinou o fim da certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard. O governo Trump alega que a universidade não entregou "registros detalhados" sobre supostas atividades ilegais de estudantes estrangeiros — o que, na prática, representa um ataque direto à autonomia universitária e à liberdade de expressão.

Com essa medida, estudantes internacionais atualmente matriculados terão que pedir transferência para outras instituições ou perderão seu status legal de permanência no país. Segundo dados da própria Harvard, são mais de 9 mil estudantes estrangeiros, sendo que 6.793 deles representam 27,2% das matrículas do ano acadêmico de 2024-2025.

A resposta da universidade foi firme. Em nota, classificou a medida como “ilegal” e ressaltou que o compromisso de Harvard com a diversidade e o intercâmbio acadêmico permanece inabalável. Para a instituição, essa ação do governo representa uma grave ameaça à missão acadêmica e ao papel da universidade como centro global de conhecimento.

O porta-voz de Harvard, Jason Newton, alertou para os impactos da retaliação: “Essa ação ameaça causar danos profundos à comunidade de Harvard e ao país. Estamos trabalhando com urgência para apoiar nossos estudantes e acadêmicos internacionais.”

A escalada autoritária do governo Trump, que agora atinge até instituições educacionais centenárias como Harvard, reforça a gravidade do avanço da extrema-direita nos Estados Unidos e expõe mais uma vez o desprezo desse grupo pelos princípios democráticos e pelos direitos civis.
Com informações da Fórum

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