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A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos já começa a provocar atritos diplomáticos com o Brasil. Desde sua posse em 2025, ministros do Supremo Tribunal Federal relatam uma mudança brusca na postura da Embaixada dos EUA, especialmente em conversas sobre os processos contra os golpistas de 8 de janeiro e as investigações envolvendo Jair Bolsonaro e seus cúmplices.
O sinal mais evidente dessa ingerência veio na última quarta-feira (21), quando o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou publicamente que o governo Trump avalia impor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, símbolo da resistência democrática contra os ataques bolsonaristas ao Estado de Direito.
A reação do governo Lula foi imediata. O presidente orientou o Itamaraty a responder com firmeza e reafirmou que qualquer retaliação estrangeira a um magistrado do STF será tratada como violação à soberania nacional. A diplomacia brasileira deixou claro que não aceitará interferências nos assuntos internos do país.
A articulação por trás dessa ofensiva parte do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que tem trabalhado ativamente junto ao governo Trump para tentar intimidar o Supremo e proteger o pai das consequências legais de sua tentativa de golpe. Eduardo chegou a declarar que espera ver sanções contra Moraes “em até duas semanas”.
A escalada bolsonarista, agora com apoio institucional de Washington, representa um novo estágio no golpe continuado da extrema-direita. Em vez de respeitar os processos democráticos, Bolsonaro e seus aliados apostam em parcerias internacionais com governos igualmente autoritários para tentar subverter a Justiça brasileira.
Esse cenário coloca o Judiciário brasileiro no centro de uma disputa internacional e exige resposta à altura. A independência dos poderes e a soberania do Brasil não estão à venda nem sujeitas à chantagem de golpistas nacionais ou estrangeiros.
Com informações do Brasil 247
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