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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designado relator do inquérito que investigará Eduardo Bolsonaro por atuação golpista nos Estados Unidos. A decisão foi tomada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar o pedido formal de apuração por coação no curso de processo e tentativa de obstrução à Justiça. O inquérito já foi instaurado e corre sob sigilo.
Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, Eduardo Bolsonaro buscou sanções internacionais contra ministros do STF, tentando influenciar diretamente o andamento de processos que envolvem Jair Bolsonaro, já réu por tentativa de golpe de Estado. O documento da PGR aponta que as falas do deputado licenciado têm caráter intimidador contra agentes públicos e magistrados.
A atuação internacional do "filho 03" do ex-presidente envolveu articulações com republicanos aliados de Donald Trump, visando a punição do ministro Alexandre de Moraes, acusado pelo bolsonarismo de “censura”. Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, chegou a afirmar que o governo Trump avalia sanções contra o magistrado brasileiro.
Para o Ministério Público, Eduardo age em nome do pai e com o financiamento dele. Jair Bolsonaro já confessou estar bancando a estadia do filho nos Estados Unidos, o que reforça a suspeita de que sua atuação golpista seja coordenada e financiada diretamente pelo ex-presidente.
A PGR ainda solicita que Jair Bolsonaro seja convocado a depor, com o objetivo de esclarecer sua participação nos atos do filho e possível interferência nos processos que correm contra ele no STF. A movimentação ocorre em meio ao avanço das investigações contra a rede golpista bolsonarista.
Com informações do DCM
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