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Integrantes da Procuradoria-Geral da República avaliam que os depoimentos colhidos até agora no inquérito sobre a tentativa de golpe liderada por Jair Bolsonaro em 2022 têm fortalecido de forma significativa a denúncia contra o ex-presidente e seus aliados. Segundo apuração publicada no blog de Malu Gaspar, da Globo, as oitivas vêm corroborando a narrativa de que houve, de fato, uma articulação para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos relatos considerados mais contundentes foi o do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior. Em depoimento de cerca de uma hora e vinte minutos, ele confirmou a participação em reuniões no Palácio da Alvorada nas quais Bolsonaro teria discutido uma minuta de decreto golpista. O objetivo seria anular o resultado eleitoral e impedir que Lula tomasse posse.
Tanto o procurador-geral da República, Paulo Gonet, quanto o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, têm acompanhado de perto os depoimentos e feito questionamentos diretos às testemunhas, algo incomum, já que essa tarefa costuma ser delegada a assessores e procuradores subordinados.
A denúncia da PGR contra Bolsonaro e outras 34 pessoas foi apresentada em fevereiro deste ano e inclui crimes graves, como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado por violência e ameaça, além de deterioração de patrimônio público tombado.
As oitivas estão sendo conduzidas sob rígido controle do STF, e as novas declarações reforçam o cerco jurídico contra os golpistas. A presença ativa de Gonet e Moraes indica que o Judiciário está tratando o caso como prioridade máxima, diante da gravidade do que foi articulado.
A expectativa é de que, com o avanço das apurações, o processo culmine em condenações firmes, especialmente contra os líderes da tentativa de ruptura institucional que ameaçou a democracia brasileira em 2022.
Com informações do jornal O Globo
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