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Durante evento do Partido Liberal em Fortaleza, Jair Bolsonaro voltou a flertar com o golpismo ao afirmar que só retornará à política com o apoio de uma “nação do norte”, em referência velada aos Estados Unidos. A declaração escancara a dependência externa do ex-mandatário, inelegível até 2030 por decisão do TSE e alvo de processo criminal por tentativa de golpe contra a democracia.
Bolsonaro afirmou que “não é possível reverter o sistema” apenas com forças internas e disse depender da “ajuda de terceiros”, em uma insinuação direta de que espera interferência estrangeira para contestar o ordenamento institucional brasileiro. A fala, além de irresponsável, reforça o discurso antidemocrático que o acompanha desde sua derrota nas urnas em 2022.
O ex-presidente mencionou sua relação com Donald Trump, presidente dos EUA, e afirmou que “muitas coisas foram feitas juntos e outras ainda virão”. A proximidade entre os dois líderes da extrema-direita internacional preocupa, especialmente diante das investigações conduzidas pelo STF sobre articulações golpistas com apoio externo.
Nos bastidores diplomáticos, a menção ocorre em meio a tensões entre o Brasil e setores da política estadunidense. Recentemente, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, sugeriu sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, responsável por relatar as ações que investigam Bolsonaro.
A retórica de Bolsonaro aponta para uma tentativa desesperada de manter relevância política mesmo diante da sua condição de inelegível e da possibilidade de prisão. Ao sugerir apoio estrangeiro para reverter decisões da Justiça brasileira, ele volta a ameaçar a soberania nacional, agindo contra os interesses do povo brasileiro.
Com informações do jornal O Tempo
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