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O Supremo Tribunal Federal conclui nesta segunda-feira (2) a fase de depoimentos no processo que investiga Jair Bolsonaro e sete aliados pela tentativa de golpe de Estado. O senador Rogério Marinho (PL-RN) será o último a prestar depoimento, antes do início dos interrogatórios dos réus, entre eles o próprio ex-mandatário.
Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que tentou se manter no poder de forma ilegal após perder as eleições de 2022. Ele e seu núcleo mais próximo respondem por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe, abolição do Estado Democrático de Direito e formação de milícia armada. A fase de instrução já ouviu 51 testemunhas, entre civis e militares.
De acordo com apurações, os depoimentos de ex-comandantes das Forças Armadas reforçaram os indícios de articulações golpistas, contrariando a narrativa da defesa. As versões apresentadas não conseguiram desmontar a acusação da Procuradoria-Geral da República, e em alguns casos, até confirmaram pontos centrais da denúncia.
Com o fim dessa fase, o relator Alexandre de Moraes deve abrir prazo de cinco dias para que a PGR e as defesas solicitem novas provas ou diligências. O ministro conduzirá pessoalmente os interrogatórios, com expectativa de que os depoimentos dos réus ocorram nas próximas semanas.
A defesa dos acusados tem insistido que não houve ruptura institucional e que não participaram de qualquer tentativa de impedir a posse do presidente Lula. No entanto, o Supremo já reconheceu que há indícios consistentes de um plano de golpe articulado por aliados do ex-presidente.
A expectativa é de que o julgamento da ação penal ocorra ainda no segundo semestre. O caso representa um marco no enfrentamento aos atentados antidemocráticos de 2022 e na responsabilização dos principais articuladores da tentativa de golpe.
Com informações do g1
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