6/6/2025 12:50

“Não tenho nada a ver com Zambelli”, diz Bolsonaro sobre a criminosa foragida

1994 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Jair Bolsonaro confessou à Polícia Federal que enviou R$ 2 milhões via Pix para Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, justamente enquanto o filho atua no exterior pressionando autoridades norte-americanas contra o STF, a PGR e a PF. Após depor, o ex-presidente tentou normalizar a transferência dizendo que se trata de “dinheiro limpo”, mas o conteúdo da investigação revela que o repasse pode estar ligado à tentativa de obstrução de Justiça e intimidação institucional.

A movimentação de Eduardo, que atua como lobista informal do trumpismo nos EUA, inclui pedidos de sanções contra autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky, e tem como alvo direto o ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar o depoimento de Bolsonaro. A ofensiva internacional, financiada por recursos arrecadados com apoiadores no Brasil, reforça a suspeita de que o ex-presidente esteja bancando uma operação para proteger o clã da responsabilização judicial.

Enquanto tenta blindar o filho nos Estados Unidos, Bolsonaro tenta se desvincular de Carla Zambelli, que fugiu do Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão pelo STF por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Ao ser questionado por jornalistas, o ex-presidente reagiu: “Não tenho nada a ver com Carla Zambelli. Não botei dinheiro no Pix dela.”

A fuga da deputada bolsonarista acendeu o alerta entre parlamentares do PT, que solicitaram ao STF que Bolsonaro passe a ser monitorado por tornozeleira eletrônica para impedir que siga o mesmo caminho. A preocupação é de que ele fuja do país antes de ser condenado no processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado.

Zambelli, agora incluída na Difusão Vermelha da Interpol, foi localizada em uma rota de fuga que incluiu Argentina, Estados Unidos e, por fim, a Itália, onde tem cidadania. Se for localizada por autoridades de qualquer um dos 196 países que integram a Interpol, deverá ser presa e devolvida ao Brasil. A inclusão no banco internacional foi determinada por Moraes e efetivada pela PF.

O caso escancara o desespero da extrema direita, que recorre a manobras internacionais para escapar da Justiça brasileira. Enquanto financia o filho e abandona os cúmplices, Bolsonaro tenta escapar do cerco jurídico que se fecha a cada dia.
Com informações da Fórum

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