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O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta segunda-feira (9) a etapa de interrogatórios dos réus ligados ao núcleo central da tentativa de golpe que envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro. O destaque da semana será o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, cuja delação premiada será testada diante dos ministros da Corte, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e das defesas dos demais acusados.
Integrantes da Primeira Turma do STF avaliam que o interrogatório de Cid tende a ser o mais extenso desta fase. Além do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, representantes da PGR e advogados dos outros réus devem questioná-lo intensamente. O objetivo de muitas das defesas é expor contradições nos relatos anteriores de Cid, na tentativa de minar sua credibilidade como colaborador.
Considerado peça-chave da trama golpista, Cid acompanhava Bolsonaro de forma direta e constante, sendo apontado como elo entre o ex-presidente e os atos que atentaram contra a democracia. Desde que firmou acordo de delação, o militar já prestou nove depoimentos, detalhando reuniões, articulações e movimentações que sustentam a acusação contra o núcleo duro da extrema-direita.
A audiência com Cid marca o início de uma sequência de depoimentos estratégicos e deverá influenciar diretamente o rumo do processo. Para o STF, o desempenho do ex-ajudante de ordens pode ser decisivo para validar os termos de sua colaboração com a Justiça e aprofundar as investigações sobre o plano golpista que tentou impedir a posse do presidente Lula.
O tribunal avalia este momento como determinante para consolidar provas contra os responsáveis pelo ataque institucional e sustentar futuras ações penais contra figuras-chave do bolsonarismo envolvidas na tentativa de ruptura democrática.
Com informações do Brasil247
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