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O Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade nesta terça-feira (10) aos interrogatórios dos envolvidos na escandalosa tentativa de golpe de Estado tramada por Jair Bolsonaro e seu núcleo mais fiel nos últimos meses de governo. A fase atual é considerada decisiva para o desfecho do processo, que pode levar à condenação dos principais articuladores do plano golpista.
Na véspera, segunda-feira (9), o STF ouviu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso. Em seu depoimento, Cid confirmou que Bolsonaro teve acesso à chamada “minuta do golpe”, sugeriu mudanças no texto e chegou a propor a prisão do ministro Alexandre de Moraes. O militar afirmou que presenciou os acontecimentos, mas não os executou diretamente, reforçando os elementos já revelados em sua colaboração premiada.
Os depoimentos desta semana compõem a fase final da instrução processual. Após o encerramento das oitivas, o processo seguirá para possíveis diligências complementares e, em seguida, para a apresentação das alegações finais por parte da acusação e das defesas. Esse é o último passo antes do julgamento definitivo pela Primeira Turma do STF.
Todos os interrogatórios têm sido transmitidos ao vivo, revelando em tempo real os detalhes das falas dos acusados e o avanço da investigação conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes. A cobertura tem sido fundamental para mostrar à sociedade a extensão do plano autoritário e o envolvimento direto de Jair Bolsonaro e seus aliados militares e civis.
A tentativa de ruptura institucional, que buscava impedir a posse legítima do presidente Lula, foi arquitetada com base em documentos falsos, uso de estruturas do Estado e incentivo ao caos institucional. A prisão de Moraes, sugerida na minuta por Bolsonaro, escancara o desprezo do ex-presidente pelas instituições democráticas.
Agora, com os réus sendo confrontados com as provas e suas próprias contradições, o país acompanha o desfecho de um dos episódios mais graves da história recente. A responsabilização dos envolvidos é essencial para proteger a democracia e impedir novas aventuras autoritárias.
Assista ao vivo aqui:
Com informações do Brasil 247
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