11/6/2025 12:55

Lula vai ao G7 no Canadá para defender soberania e enfrentar hegemonia dos EUA

501 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, em conversa por telefone com o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, sua participação oficial na 51ª cúpula do G7, que ocorrerá entre os dias 15 e 17 de junho, na cidade de Kananaskis, em Alberta. O Brasil, que havia sido excluído do grupo durante os anos de desprestígio internacional sob Bolsonaro, retoma seu protagonismo global desde 2023, quando Lula foi convidado para o encontro na Itália.

Este ano, a presença de Lula no G7 também pode marcar o primeiro encontro presencial com Donald Trump, que reassumiu a presidência dos Estados Unidos em 2025. A expectativa é que o encontro coloque frente a frente dois líderes de visões completamente opostas: de um lado, um defensor da paz, da multipolaridade e da soberania dos povos; do outro, um ultranacionalista com tendências autoritárias e ambições imperialistas.

Durante entrevista recente na França, Lula não poupou ironia ao comentar os delírios expansionistas de Trump. "Vou participar do G7 antes que os EUA anexem o Canadá como estado americano. Aproveitar esse pouco tempo de respiro que o Canadá tem como soberano", afirmou o presidente, numa crítica direta às intenções imperialistas já vocalizadas pelo norte-americano.

A retomada do diálogo com o Canadá também é parte fundamental da política externa ativa e altiva do governo Lula. Ao parabenizar Mark Carney por sua eleição, Lula reforçou o desejo de ampliar as relações comerciais entre o Mercosul e o Canadá, mostrando que sua ida ao G7 terá um caráter diplomático estratégico, e não apenas protocolar.

Lula tem defendido com firmeza a reforma das instituições multilaterais e o fim da dominação de potências sobre países em desenvolvimento. Sua presença no G7 reafirma o papel do Brasil como uma voz relevante e independente no cenário internacional, em contraposição ao alinhamento cego que o bolsonarismo manteve com os Estados Unidos no passado.

A cúpula será mais uma oportunidade para o presidente brasileiro expor propostas que promovam o desenvolvimento sustentável, a justiça social e a paz entre as nações — valores que o atual governo tem recolocado no centro da diplomacia brasileira.
Com informações do Brasil 247

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