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O novo comandante da Guarda Revolucionária do Irã, general Mohammad Pakpour, respondeu com contundência aos ataques promovidos por Israel contra o território iraniano. Nesta sexta-feira (13), Pakpour declarou que “as portas do inferno” se abrirão para o regime de Benjamin Netanyahu, prometendo um “destino amargo e doloroso” ao país sionista. Ele substitui Hossein Salami, morto em um bombardeio israelense.
Israel intensificou sua escalada bélica no pior momento possível: justamente na véspera de negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano, previstas para acontecer em Omã. O presidente norte-americano Donald Trump chegou a alertar que o avanço israelense poderia “arruinar tudo”, revelando sua contrariedade com a atitude de seu tradicional aliado.
Netanyahu, conhecido por sua obsessão em sabotar qualquer aproximação entre Teerã e Washington, ignorou os alertas e prosseguiu com os bombardeios. Analistas internacionais sugerem que pode ter havido um acordo informal entre EUA e Israel, no qual um lado negocia e o outro ataca, num jogo duplo perigoso e cínico.
O general Pakpour, em seu primeiro pronunciamento oficial, denunciou o ataque como um crime de guerra e afirmou que Israel pagará um preço elevado. A mobilização de reservistas por parte de Tel Aviv indica que o próprio governo israelense teme uma retaliação em larga escala.
Desde o massacre em Gaza iniciado em outubro de 2023, Israel intensificou ações contra alvos ligados ao Irã. Especialistas apontam que Netanyahu tem usado o conflito para alimentar sua retórica bélica contra Teerã desde 2005, quando passou a tratar o programa nuclear iraniano como pretexto permanente para sua política agressiva.
A situação atual aprofunda o risco de uma guerra regional de grandes proporções, colocando em xeque os esforços de paz e estabilidade no Oriente Médio. O mundo observa apreensivo enquanto as duas potências trocam ameaças num tabuleiro cada vez mais inflamável.
Com informações do DCM
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