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O bolsonarismo segue desmoronando diante das investigações sobre a tentativa de golpe. Nesta sexta-feira (13), a Polícia Federal prendeu Gilson Machado, sanfoneiro, empresário e ex-ministro do Turismo de Jair Bolsonaro. A suspeita é de que ele ajudou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, a articular uma fuga do país, tentando obter um passaporte português para o militar. A Procuradoria-Geral da República considera o ato uma grave tentativa de obstrução de Justiça.
Com a prisão de Machado, já são quatro ex-ministros do governo Bolsonaro atrás das grades. O general Walter Braga Netto, que comandou a Defesa e a Casa Civil, está preso desde dezembro de 2023, acusado de interferir nas investigações sobre a delação de Mauro Cid. Detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, Braga Netto figura como um dos principais réus na investigação do núcleo golpista.
Outro ex-ministro preso foi Anderson Torres, que chefiava a pasta da Justiça. Ele ficou detido entre janeiro e maio de 2023, após ser acusado de omissão no 8 de janeiro, quando era secretário de Segurança do DF. Torres também é investigado por sua participação em ações da PRF que tentaram impedir o voto popular no Nordeste no segundo turno das eleições de 2022.
O escândalo também atingiu o Ministério da Educação. Milton Ribeiro, ex-ministro do MEC, foi preso em 2022 sob suspeita de corrupção e tráfico de influência. A investigação revelou que pastores aliados ao governo negociavam repasses do FNDE em troca de propinas — mais um capítulo da aliança promíscua entre bolsonarismo e setores religiosos.
A sucessão de prisões evidencia o caráter criminoso e autoritário do governo de Jair Bolsonaro. As tentativas de fugir, calar delatores e corromper o Estado só reforçam o que o Brasil já sabe: foi um governo construído sobre mentiras, chantagens e ataques à democracia.
Esses casos revelam como a estrutura do bolsonarismo se articulou em torno de práticas ilegais e autoritárias, apostando na impunidade e no apoio de setores coniventes. Agora, com as instituições funcionando, a verdade vem à tona — e a Justiça começa a ser feita.
Com informações do DCM
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