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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deverá formalizar nesta terça-feira (17) a leitura do requerimento que cria a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que vai investigar fraudes e irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social.
A CPMI será presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), nome com experiência em comissões, inclusive na CPI da Covid, onde teve atuação firme contra as fake news e o negacionismo. Já a relatoria ficará nas mãos do Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tenta usar o espaço como palanque para atacar o governo Lula.
O PL discute dois nomes para a função: Coronel Crisóstomo (PL-RO), que foi quem articulou as assinaturas para criar a CPI na Câmara, e Coronel Fernanda (PL-MT), uma das principais vozes da extrema-direita na Casa. A escolha sinaliza claramente a tentativa da oposição bolsonarista de transformar a comissão em espetáculo político, mirando 2026.
A CPMI deveria ter sido instalada no final de maio, mas foi adiada após articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em acordo com o governo Lula, que buscou ganhar tempo para organizar sua base e definir estratégias. Mesmo assim, o avanço da comissão se tornou inevitável, pressionado pelos setores bolsonaristas no Congresso.
Lula, ciente da movimentação, conversou pessoalmente com Alcolumbre para garantir que o governo tenha força na comissão. A “tropa de choque” governista já se articula e deve contar com senadores experientes e combativos, como Randolfe Rodrigues (PT-AP), Jaques Wagner (PT-BA) e Fabiano Contarato (PT-ES) — todos nomes que já atuaram na CPI da Covid e sabem enfrentar fake news, distorções e tentativas de manipulação.
Embora o foco oficial da CPMI seja investigar fraudes no INSS, a intenção bolsonarista é clara: usar a comissão como vitrine política, atacar o governo e tentar desgastar Lula. Não por acaso, o PL faz questão de ficar com a relatoria — o espaço mais estratégico, que define o ritmo, as investigações e os relatórios finais.
O governo, por sua vez, articula-se para garantir que a comissão não fuja do seu objetivo real: defender os aposentados, investigar de fato os esquemas criminosos que drenaram bilhões do INSS e proteger as políticas sociais.
Com informações da CNN
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