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O advogado Eduardo Kuntz, que defende o coronel golpista Marcelo Câmara, revelou ao Supremo Tribunal Federal que trocou mensagens com Mauro Cid pelo Instagram, em meio às investigações sobre a tentativa de impedir a posse do presidente Lula. O contato foi feito através do perfil @gabrielar702, que seria controlado por Cid, que até enviou uma selfie fazendo sinal de positivo para confirmar sua identidade.
O advogado anexou as conversas à petição após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a Meta repassasse os dados do perfil, ordem dada depois de reportagens que divulgaram trechos dos diálogos. Kuntz tenta, de forma desesperada, usar o material para anular a delação de Cid, alegando suposta “falta de voluntariedade” na colaboração.
Apesar de manter contato constante com o perfil, o advogado não informou Moraes previamente e só apresentou uma ata notarial, com 51 páginas de prints, áudios e chamadas, depois que a história veio a público. Cid, nas conversas, tenta minimizar sua participação e a gravidade das revelações feitas à Polícia Federal, sugerindo que distorceram suas palavras.
Durante uma audiência no STF, a defesa de Jair Bolsonaro usou parte dessas conversas para pressionar Cid, questionando o uso de perfis anônimos nas redes. O ex-ajudante de ordens, nervoso, disse que o perfil tinha o nome da esposa, mas se esquivou de assumir o controle da conta.
Diante da manobra, Moraes agiu com firmeza, interrompeu o interrogatório e determinou à Meta a quebra do sigilo das contas ligadas ao perfil, entre maio de 2023 e junho de 2025. A defesa de Cid, que antes chamava as denúncias de “fake news”, agora se vê em contradição, após os próprios advogados dos bolsonaristas levarem as provas ao processo.
O escândalo da Abin paralela, que já envolve espionagem criminosa contra ministros do STF, jornalistas e políticos, segue desmoronando a narrativa golpista. As mensagens agora se tornam peça central nas tentativas desesperadas dos réus de desacreditar Mauro Cid, principal delator que desvendou o funcionamento da organização criminosa do bolsonarismo.
Com informações do DCM
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