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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (17) uma acareação entre o general golpista Walter Braga Netto e o delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O confronto foi solicitado pela própria defesa de Braga Netto, que tenta desesperadamente descredibilizar a delação que escancarou o plano golpista.
Moraes também autorizou outra acareação: entre o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército em 2022 e testemunha chave no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. As duas acareações ocorrerão na próxima terça-feira (24), uma às 10h e a outra às 11h, na sede do STF.
Braga Netto, que está preso em uma unidade militar no Rio de Janeiro, terá de ir pessoalmente a Brasília, usando tornozeleira eletrônica. Após a audiência, ele retornará imediatamente à prisão, sem poder ter contato com ninguém além de seu advogado durante o deslocamento e estadia.
A defesa do general pediu o adiamento da acareação para o dia 27, alegando que um dos advogados estará em viagem. Moraes ainda não respondeu a essa solicitação. O fato é que tanto Braga Netto quanto Anderson Torres fazem parte do núcleo central da tentativa de golpe, e agora tentam criar dúvidas sobre os depoimentos que os incriminam.
O objetivo das defesas é tentar confrontar pontos que consideram contraditórios, principalmente sobre o plano criminoso chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía desde espionagem até assassinato de autoridades, segundo as investigações e os depoimentos de Mauro Cid.
O confronto entre Cid e Braga Netto deve abordar, entre outros pontos, a denúncia de que o general teria entregue dinheiro para financiar a operação golpista. No caso de Anderson Torres, a acareação busca esclarecer sua participação em reuniões conspiratórias relatadas pelo general Freire Gomes.
Com informações do G1
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