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Israel vem conseguindo avanços nas ofensivas contra o programa nuclear do Irã, mas especialistas alertam que os resultados dependem diretamente do apoio dos Estados Unidos. O problema é que, até agora, os americanos não liberaram para Israel a única arma capaz de atingir com efetividade os bunkers nucleares mais profundos do Irã: a bomba Massive Ordnance Penetrator (MOP), também chamada de GBU-57.
Essa bomba tem 13,6 mil quilos e só pode ser lançada de bombardeiros estratégicos B2, que Israel não possui. Trata-se de uma arma criada especificamente para destruir estruturas fortemente protegidas no subsolo, como o complexo nuclear iraniano em Fordow, que fica enterrado sob montanhas e camadas de concreto.
Israel já utiliza bombas antibunker de menor potência, como a GBU-28 e GBU-31, que foram aplicadas em ataques anteriores contra o Hezbollah, em Gaza e no Líbano. No entanto, esses armamentos conseguem perfurar até 6 metros de concreto armado, enquanto a MOP atinge profundidades de até 60 metros — uma capacidade que, mesmo assim, é insuficiente contra bunkers iranianos supostamente construídos a até 800 metros de profundidade.
Segundo o New York Times, o presidente Donald Trump estuda agora enviar bombardeiros B2 equipados com a MOP, caso os esforços diplomáticos com o Irã fracassem. A estratégia seria lançar várias bombas no mesmo ponto, em sequência, para aumentar a capacidade de destruição do bunker.
Israel pressiona os EUA por essa bomba há anos, desde o governo Bush, passando por Obama e Biden. Agora, as conversas com Trump teriam ganhado força, especialmente após os ataques israelenses da semana passada. Mesmo assim, até hoje Washington não liberou essa tecnologia, que é considerada altamente sensível e de uso restrito.
O risco é que, se Trump ceder à pressão de Netanyahu, o planeta pode ser arrastado para uma guerra sem precedentes, colocando em risco não só o Oriente Médio, mas toda a estabilidade global.
Com informações do G1
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