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Setores do governo argentino articulam uma proposta vista como improvável: realizar um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o extremista de direita Javier Milei durante a cúpula do Mercosul, marcada para 3 de julho na Argentina. A tentativa busca vender a ideia de que os interesses bilaterais deveriam se sobrepor às claras divergências ideológicas entre os dois líderes.
Até agora, Lula e Milei mantiveram apenas contatos protocolares, marcados pela frieza e pela tensão. O clima é resultado das reiteradas agressões verbais de Milei, que, alinhado ao bolsonarismo, já atacou Lula com termos como “ladrão”, “corrupto” e “comunista”, demonstrando total falta de respeito institucional.
Fontes ouvidas pela imprensa revelam que nem o Palácio do Planalto nem o Itamaraty receberam qualquer pedido formal da Argentina sobre essa possível reunião. A avaliação no governo brasileiro é que, caso Milei queira de fato um encontro, será indispensável que ele se retrate publicamente pelas ofensas dirigidas ao presidente Lula.
Apesar do distanciamento político e do perfil agressivo do governo argentino, os canais diplomáticos seguem funcionando normalmente. O Mecanismo de Coordenação Política (MCP) segue ativo, mantendo reuniões regulares entre representantes dos dois países, independentemente dos ataques do atual presidente argentino.
A realidade é que, enquanto Milei faz discurso de ódio e se comporta como garoto mimado da extrema-direita internacional, as relações entre Brasil e Argentina seguem sustentadas por interesses muito maiores, como comércio, investimentos, integração energética, cooperação em fronteiras, turismo, segurança, tecnologia e defesa.
O governo brasileiro segue priorizando os interesses do povo e da integração sul-americana, deixando claro que, para qualquer avanço no diálogo, será necessário respeito institucional e o abandono da retórica agressiva que Milei insiste em adotar.
Com informações do Brasil 247
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