Mais um ataque ao Brasil: leilão da ANP enfraquece a Petrobrás e a soberania

Portal Plantão Brasil
18/6/2025 18:37

Mais um ataque ao Brasil: leilão da ANP enfraquece a Petrobrás e a soberania

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) fez duras críticas ao resultado do 5º Ciclo de Oferta Permanente da ANP, realizado na última segunda-feira (17). O leilão entregou parte da estratégica Margem Equatorial, incluindo a Foz do Amazonas, para consórcios de petroleiras estrangeiras, em mais um grave ataque à soberania nacional.

De acordo com a FUP, a multinacional Chevron, em parceria com a estatal chinesa CNPC, abocanhou 53,1% dos blocos leiloados na Foz do Amazonas. A Petrobrás, que foi quem liderou os esforços para viabilizar o licenciamento ambiental, ficou com apenas 46,9% e será operadora direta de míseros 18,8%. A federação denuncia que isso enfraquece o controle do Brasil sobre uma região estratégica para o futuro energético do país.

A entidade denuncia que o modelo de concessão adotado pela ANP beneficia o capital internacional, enfraquece o papel do Estado e entrega ao mercado privado uma riqueza que deveria estar a serviço do povo brasileiro. Na prática, o governo abre mão de instrumentos fundamentais para garantir que essa riqueza seja convertida em desenvolvimento social, econômico e sustentável.

Para a FUP, o que está acontecendo é a venda da soberania nacional a preço de banana, em nome de uma lógica mercantilista que prioriza o lucro de multinacionais, em detrimento das necessidades do Brasil. A entidade ressalta que a Margem Equatorial, especialmente a bacia da Foz do Amazonas, é uma das regiões com maior potencial petrolífero do mundo.

O leilão colocou 172 blocos à venda, dos quais 34 foram arrematados, totalizando uma área de mais de 28 mil km². No total, nove empresas venceram — sendo apenas duas brasileiras e sete estrangeiras —, movimentando mais de R$ 989 milhões em bônus de assinatura e prevendo investimentos mínimos de R$ 1,45 bilhão na fase exploratória.

A FUP reafirma que seguirá na luta pela defesa da Petrobrás como empresa pública estratégica, pela soberania energética e pela reversão desse modelo de entrega, que fere frontalmente os interesses do povo e do Brasil.

Com informações do Brasil 247

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