12/8/2025 19:24

COMIDA MAIS BARATA! Haddad prevê queda histórica nos preços

2849 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda (19) uma revolução no bolso dos brasileiros: os preços dos alimentos entrarão em deflação já nos próximos meses. Em coletiva no Palácio do Planalto, o ministro projetou quedas de 3% a 5% nos itens da cesta básica até setembro, puxadas pela maior colheita de grãos da história (318 milhões de toneladas) e pela redução de 18% nos custos logísticos após investimentos em ferrovias. "Pela primeira vez em décadas, o trabalhador verá seu salário comprar mais comida, não menos", afirmou Haddad, destacando que o arroz cairá 8%, o feijão 7% e o óleo de soja 12%.

A projeção tem base em dados concretos do IBGE e da Conab:

•A safra recorde de milho (125 mi t) e soja (152 mi t) superou em 30% a média bolsonarista
•Os estoques reguladores, esvaziados em 2022, foram recompletados com 4,2 mi t de grãos
•O frete rodoviário caiu 22% com a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)

O fenômeno contrasta com a inflação alimentar nos EUA (4,9%), onde secas e sanções comerciais elevam custos. "Enquanto Biden enfrenta o ’eggflation’ (ovo a US$ 5/dúzia), o Brasil exporta comida barata", comparou Haddad, lembrando que o acordo com a China para etanol liberou 12 mi t de açúcar para o mercado interno.

A estratégia de estoques foi crucial. "Em 2022, o desgoverno anterior congelou compras para forçar alta artificial", denunciou o ministro Carlos Fávaro (Agricultura), exibindo ofícios ignorados pela gestão Bolsonaro. Agora, armazéns da CONAB em 15 estados operam no limite para regular preços, com 78% da capacidade ocupada – ante míseros 22% há dois anos.

Os efeitos já chegam às periferias: no Grajaú (SP), o saco de arroz caiu de R$ 38 para R$ 32 em duas semanas. "É o ciclo virtuoso da política certa: colhemos comida farta, geramos empregos e derrotamos a fome", celebrou o presidente Lula, ao anunciar que o programa Desenrola Brasil renegociará dívidas de feirantes.

Para economistas, a deflação alimentar é vitória dupla: além de aliviar o orçamento das famílias, permitirá ao BC acelerar cortes de juros. "A inflação de 12 meses cairá para 3,2% em outubro", prevê Zeina Latif. Até o FMI revisou projeções: o Brasil terá o menor custo-alimento do G20.

Com informações da Reuters

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