9/9/2025 13:45

Planalto alerta que Trump deve interferir na eleição de 2026 em defesa do Bolsonarismo

884 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem repetindo fora do país a mesma estratégia usada em sua defesa judicial: atacar tribunais, alegar perseguição e tentar blindar aliados políticos acusados de corrupção, fraudes e conspirações antidemocráticas.

No Brasil, Trump assumiu discurso em defesa de Jair Bolsonaro (PL), réu no STF por tentativa de golpe de Estado. A ofensiva se repete em Israel, com o premiê Benjamin Netanyahu — acusado de suborno e fraude — e na França, com Marine Le Pen, condenada por desvio de recursos da União Europeia e proibida de disputar a eleição presidencial de 2027. Na Colômbia, o secretário de Estado, Marco Rubio, chegou a atacar o Judiciário após a condenação de Álvaro Uribe, que cumpre pena por corrupção de testemunhas.

Trump costuma dizer que todos são vítimas de “caça às bruxas”, termo que usa desde que foi condenado em 2024 por falsificar documentos para ocultar um pagamento à atriz pornô Stormy Daniels. O objetivo é sempre o mesmo: criar uma rede internacional de proteção ao fascismo e ao autoritarismo, disfarçada de defesa da liberdade de expressão.

Apesar da pressão, os resultados têm sido frustrantes. Netanyahu segue sendo julgado em Israel, Marine Le Pen está fora da corrida presidencial francesa e Uribe responde às acusações na Justiça colombiana. O único caso de êxito ocorreu na Polônia, com a vitória do conservador Karol Nawrocki, candidato abertamente apoiado por Trump. Em outros países, como Canadá, Austrália e Romênia, candidatos trumpistas foram derrotados por adversários de centro e de esquerda.

No Brasil, a leitura é clara: a interferência de Trump em defesa de Bolsonaro faz parte da tentativa de manter um representante do trumpismo na corrida presidencial de 2026. O risco é de nova campanha internacional de desinformação contra as urnas, caso a extrema direita seja derrotada mais uma vez pelo povo brasileiro.

Os ataques de Trump contra tribunais estrangeiros mostram não apenas sua obsessão em salvar aliados ideológicos, mas também os limites da Casa Branca em interferir diretamente na Justiça de outros países. Ainda assim, servem de alerta para a necessidade de vigilância democrática contra a coordenação global do fascismo.

Com informações do Brasil 247

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