17/10/2025 13:29

Treta no STF! Gilmar chama procuradores da Lava Jato de “cretinos” e Fux abandona plenário

1107 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Um forte desentendimento entre os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux interrompeu os trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (15). A briga escancarou as fissuras internas na Corte e teve como estopim as duras críticas de Gilmar à Operação Lava Jato, que provocaram a saída repentina de Fux do plenário. O episódio foi confirmado por ministros que presenciaram o constrangimento.

Durante o julgamento de um processo trabalhista, Gilmar voltou a denunciar os abusos e ilegalidades da Lava Jato, chamando procuradores de “cretinos” e lembrando o escândalo do fundo bilionário que a força-tarefa tentou criar com dinheiro da Petrobras. A fala de quase 50 minutos evidenciou o repúdio do decano ao conluio entre procuradores e o então juiz Sergio Moro, símbolo da perseguição política contra Lula e do aparelhamento do Judiciário.

Pouco antes, Gilmar e Fux já haviam discutido em uma sala reservada. O ministro do Rio foi cobrado pelo colega por ter interrompido o julgamento que pode tornar Moro réu por calúnia contra o próprio Gilmar, mesmo com o placar de 4 a 0 contra o ex-juiz. “Vê se consegue fazer terapia para se livrar da Lava Jato”, ironizou Gilmar. A provocação irritou Fux, que rebateu dizendo que precisava “estudar melhor o caso” antes de votar.

O embate se acirrou quando Gilmar lembrou que Fux teve um assessor citado em delação premiada e que, segundo ele, “deveria enterrar o assunto”. Em seguida, acusou o colega de ter imposto à Primeira Turma “um voto de 12 horas sem sentido” no julgamento que absolveu Jair Bolsonaro e condenou Mauro Cid, gerando desconforto entre os demais ministros.

Após o discurso inflamado de Gilmar, Fux abandonou o plenário e não retornou. O presidente da Corte, Edson Fachin, encerrou a sessão antes do previsto. Nos bastidores, a ausência de Fux foi interpretada como ato de repúdio às palavras do colega. Nenhum dos dois se manifestou publicamente após o incidente, que expôs o abismo entre os ministros sobre o legado da Lava Jato e o papel do STF na reconstrução democrática do país.

Com informações do DCM

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