28/11/2025 16:48

Relator reforça apoio a Messias e se coloca como ponte no Senado

903 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) intensificou a articulação política para consolidar o apoio à indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A movimentação ocorre após uma reunião na quinta-feira (27), na qual ambos definiram os próximos passos para ampliar o diálogo com parlamentares antes da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcada para 10 de dezembro. Weverton, aliado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se comprometeu a funcionar como uma "ponte" entre Messias e os demais senadores, articulando encontros presenciais e contatos telefônicos.

O relator reforçou sua posição favorável ao indicado do presidente Lula, afirmando que não recebeu qualquer orientação contrária de Alcolumbre sobre o teor do seu relatório. "Eu sou aliado direto do presidente Lula. Se é indicado por ele, é automaticamente apoiado por mim. Não há qualquer resistência ao Messias", declarou Weverton. Durante a conversa, que durou pouco mais de uma hora, o senador sugeriu que Messias não conte com uma votação imediatamente após o dia 10, alertando para o risco de a mensagem formal do Planalto — necessária para dar sequência ao processo — não chegar a tempo. Ele avalia que um adiamento aumentaria a tensão com o Congresso e poderia comprometer a indicação em 2026, ano eleitoral.

Aliados avaliam que, diante da resistência inicial de Alcolumbre — que defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga —, a articulação política em "modo convencional" pode não ser suficiente. Consideram essencial que o presidente Lula se envolva diretamente para sensibilizar senadores e destravar a relação com o comando do Senado. A definição da data da sabatina antes do envio oficial da mensagem foi interpretada como um movimento de pressão de Alcolumbre. Messias, que ainda não foi recebido pelo presidente do Senado, precisa de, pelo menos, 41 votos no plenário para garantir sua nomeação à Corte. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), já admitiu que a sabatina poderá ser adiada caso a documentação não chegue ao Congresso a tempo.

Com informações do jornal O Globo

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