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O decreto de indulto natalino em elaboração pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve manter a exclusão de condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito. A medida atinge diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e os aliados condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos golpistas de 8 de janeiro. A exclusão de golpistas e terroristas da pátria segue a mesma linha adotada pelo governo petista nos últimos dois anos.
A minuta do decreto, já encaminhada ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, segue a orientação do Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias (CNPCP). Este órgão, ligado ao Ministério da Justiça, recomendou a vedação do perdão judicial a qualquer crime considerado atentatório à ordem democrática, blindando o benefício contra o bolsonarismo.
Além do grupo de golpistas, o texto também veda a concessão de indulto a pessoas que firmaram acordos de colaboração premiada. Essa restrição alcançaria, por exemplo, o tenente-coronel Mauro Cid, que colaborou com a Polícia Federal em investigações que resultaram em condenações envolvendo Jair Bolsonaro, isolando ainda mais o círculo criminoso do ex-presidente.
O decreto em análise no Palácio do Planalto amplia ainda a lista de impedimentos. Ficam de fora do benefício líderes de facções criminosas custodiados em presídios de segurança máxima, condenados por tortura, terrorismo e racismo.
O texto em elaboração também recomenda a exclusão de condenados por abuso de autoridade e autores de crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O cronograma prevê que, após a aprovação de Lewandowski, o texto final será submetido ao presidente Lula, com publicação esperada para 23 de dezembro.
A manutenção da exclusão dos criminosos antidemocráticos demonstra a firmeza do governo Lula em defender as instituições, impedindo que o indulto natalino se torne um instrumento de impunidade para aqueles que tentaram subverter a democracia.
Com informações do Brasil 247
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