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A Polícia Federal (PF) deve encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta semana um laudo médico que recomenda a prisão domiciliar para o ex-ministro Augusto Heleno, um dos principais nomes da trama golpista de 2022. O documento, esperado para ser concluído até o final da semana, deverá apontar que o regime domiciliar é a alternativa mais adequada para o general, de 78 anos, devido ao agravamento progressivo do seu quadro de doença de Alzheimer.
A perícia da PF foi realizada na última sexta-feira (12), com uma equipe de médicos passando a manhã na cela onde Heleno está detido, no Comando Militar do Planalto, em Brasília. Durante a visita, os peritos analisaram exames e laudos médicos apresentados pela defesa e consideraram informações dos médicos que acompanham o militar. Curiosamente, a equipe da PF também avaliou as condições do local de detenção e as considerou adequadas para o cumprimento da pena, mas o foco da recomendação é a progressão da condição médica.
A realização da perícia foi uma determinação do relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, após surgirem contradições entre as declarações do general e de sua defesa sobre o diagnóstico. Heleno havia afirmado, durante o exame de corpo de delito no momento de sua prisão, que sofria de Alzheimer desde 2018. No entanto, sua defesa alegou que o diagnóstico da doença só havia sido realizado em 2025. A defesa posteriormente alegou que o militar tem acompanhamento psiquiátrico desde 2018 e foi diagnosticado com demência mista, uma condição relacionada ao Alzheimer.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou a favor da prisão domiciliar, considerando o quadro clínico do ex-ministro, atestado por prontuários médicos. Heleno foi condenado a uma pena de 21 anos de prisão por seu envolvimento direto na tentativa de golpe de Estado arquitetada após as eleições de 2022. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi considerado parte do "núcleo crucial" da trama golpista, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com informações do DCM
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