17/5/2014 09:15

Gilberto: 'Quem não quer ser investigado não erra'

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Ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, afirmou que a CPI da Petrobras não pode virar “palco para a exploração política” durante o ano eleitoral; “Aprendemos com o presidente Lula uma máxima que foi muito importante para o nosso governo: quem não quiser ser investigado, não deve errar”, declarou; “Não tem hipótese de alguém errar e não ser investigado”, disse o ministro, durante passagem pelo Recife; Carvalho afirmou, ainda, que "o governo federal não teme as manifestações durante a Copa"



O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho (PT), afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) envolvendo a Petrobras não pode se transformar em um “palco para a exploração política” durante o ano eleitoral. “Aprendemos com o presidente Lula uma máxima que foi muito importante para o nosso governo: quem não quiser ser investigado, não deve errar”, declarou o ministro, “Não tem hipótese de alguém errar e não ser investigado”, disse o ministro durante passagem pelo Recife. Carvalho afirmou, ainda, que “o governo federal não teme as manifestações durante a Copa”.



De acordo com o ministro, o inquérito da Petrobras é baseado em um “acredita ou imagina” da oposição, que pode acabar transformando a CPI em um debate político em plena época de eleições presidenciais. “Não temos medo de CPI. Só não queremos e vamos fazer de tudo para impedir que a CPI seja um palco de exploração política”, afirmou. “Aprendemos com o presidente Lula uma máxima que foi muito importante para o nosso governo: quem não quiser ser investigado, não deve errar”, declarou o ministro, “Não tem hipótese de alguém errar e não ser investigado”, acrescentou.



A inclusão do Complexo Portuário de Suape, na Região Metropolitana do Recife, na investigação que será feita pela CPI não foi comentada por Carvalho. O complexo pernambucano fará parte da investigação devido aos negócios que a Petrobras possui no local, contradizendo a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que estipulou que a estatal deveria ter uma CPI exclusiva. A inclusão do tema na investigação pode respingar na candidatura presidencial do ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos.



O inquérito contra a Petrobras vai averiguar a compra de uma refinaria em Pasadena (EUA), em 2006. Na época, a Petrobras adquiriu metade da refinaria por R$ 360 milhões, valor muito superior aos R$ 42,5 milhões desembolsados pela empresa belga Astra Oil pela totalidade da empresa, um ano antes. Entretanto, duas cláusulas no contrato acabaram obrigando a Petrobras a adquirir o resto da empresa.



Por causa da compra, a Petrobras calcula que teve um prejuízo de cerca de US$ 1,9 bilhão. Na época, a presidente Dilma comandava o colegiado internacional da empresa, e afirmou que só permitiu a compra devido ao recebimento de “relatórios falhos”.



Em relação a Copa do Mundo, Carvalho disse que os protestos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil são baseados em informações equivocadas. “Gastamos nos últimos 4 anos R$ 800 bilhões do orçamento nacional em saúde e educação e, na Copa, investimos 25 bilhões. Mas, infelizmente, tem pessoas que apostam no quanto pior, melhor. (...) Será uma Copa muito linda, porque o nosso povo é maravilhoso. Vai vibrar e receber as pessoas de coração aberto. Os outros eu só lamento porque só a realidade vai derrotá-los”, disse.



A passagem do ministro pelo Recife faz parte de uma série de viagens às cidades que irão sediar a Copa do Mundo em junho. O objetivo é mostrar à população as vantagens com a realização do mundial.

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