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Enquanto era diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias autorizou a assinatura de um contrato com valor 1.800% mais caro do que o que havia sido recomendado em um parecer pelos técnicos da pasta. A informação consta em documentos acessados pela TV Globo e foi exibida hoje no Jornal Nacional.
O contrato era para a contratação dos serviços de receber e organizar medicamentos da empresa VTCLOG. Os profissionais do ministério afirmavam que o valor adequado para o serviço seria de R$ 1 milhão. A empresa, porém, cobrava R$ 57 milhões. Segundo os documentos obtidos pela Globo, Roberto Dias interferiu e resolveu o impasse aceitando pagar R$ 18 milhões.
O valor que foi acordado é 60% menor do que o que era pedido pela companhia, mas ainda ficou 1.800% acima da recomendação dos técnicos.
Ainda de acordo com a reportagem do Jornal Nacional, a consultoria jurídica do Ministério da Saúde chegou a questionar a negociação e recomendou que outras alternativas fossem exploradas, incluindo a rescisão do contrato.
A VTCLOG já prestava serviços para o ministério e até fevereiro deste ano o acordo era de um pagamento total de R$ 485 milhões até 2023. Em fevereiro, porém, a empresa reajustou o valor, elevando em R$ 88 milhões os custos totais, o que causou a suspensão dos pagamentos.
Mesmo com a recomendação do setor jurídico, Roberto Dias concordou com o novo montante e assinou o aditamento de contrato, o que levou à retomada dos pagamentos.
O UOL procurou o Ministério da Saúde e aguarda um posicionamento.
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