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A atitude de Jair Bolsonaro, balançando a bandeira de Israel durante um ato na Avenida Paulista, reflete não apenas um gesto de provocação em meio a tensões diplomáticas, mas também uma tentativa calculada de manipular sentimentos e alianças internacionais em benefício próprio. Enquanto o Brasil, sob a liderança de Lula, adota uma postura crítica em relação às ações de Israel em Gaza, classificando-as como uma guerra genocida, Bolsonaro visa alinhar-se ostensivamente com o governo de extrema-direita israelense, numa clara tentativa de angariar apoio ideológico e político.
Este ato, realizado em um contexto de acusações crescentes contra Bolsonaro por tentativas de golpe de Estado, demonstra a disposição do ex-presidente em utilizar qualquer meio para se posicionar como um mártir político, mesmo à custa de agravar divisões diplomáticas. A presença de bandeiras brasileiras e israelenses no evento sugere uma estratégia de Bolsonaro e seus seguidores para invocar uma narrativa de luta contra supostos inimigos externos e internos, numa tentativa desesperada de unificar sua base em torno de uma agenda cada vez mais isolada.
Além disso, o gesto de Bolsonaro na Paulista simboliza uma afronta direta ao presidente Lula e à sua política externa, que promoverá a paz e o diálogo internacional, em contraste com a postura beligerante e divisionista de seu antecessor. Ao escolher este momento para demonstrar solidariedade a um governo estrangeiro criticado por violações de direitos humanos, Bolsonaro revela sua indiferença às consequências de suas ações para a imagem e as relações diplomáticas do Brasil.
? O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou ao ato na Avenida Paulista, na tarde deste domingo (25). Ao subir no trio, ele se posicionou ao lado da esposa, Michelle, e à frente de uma bandeira de Israel.
— Metrópoles (@Metropoles) February 25, 2024
Acenando para apoiadores, que lotaram a Paulista, Bolsonaro exibiu a bandeira… pic.twitter.com/6nHCgb1eEB