2593 visitas - Fonte: Plantão Brasil
Enquanto o mundo discute cessar-fogo, o povo de Gaza morre tentando pegar farinha. Ao amanhecer de 20 de julho, mais de 100 civis foram assassinados por drones e tanques israelenses enquanto buscavam alimentos em centros de distribuição. A cena se repete: multidões famintas sendo alvejadas por tentarem sobreviver.
O exército de Israel justificou os disparos como “tiros de advertência”. Mas que advertência é essa contra pais, mães e crianças com fome? A fome virou arma de guerra. Um crime covarde, contrário a qualquer princípio de humanidade e às convenções internacionais.
Segundo a ONU:
.22% da população de Gaza está à beira da fome total
.Mais de 80% foram expulsos de suas casas
.Hospitais colapsaram: pacientes entubados no chão, crianças sem tratamento, médicos sem insumos
.A única zona de atendimento civil, Deir el-Balah, está sob ataque
Organizações humanitárias estão sendo forçadas a abandonar Gaza. Al-Mawasi, onde Israel propõe realocar as vítimas, já está dominada por gangues e sem estrutura mínima. Alessandro Migliorati, da ONG Gaza Emergency, resumiu: “É um massacre. Ponto.”
Ao todo, já são mais de 58 mil palestinos mortos em 21 meses, a maioria civis. Em Israel, também há sofrimento: protestos tomam Tel Aviv exigindo o fim da guerra e a libertação dos reféns. A dor atravessa fronteiras, mas nada justifica a barbárie.
Não se trata mais de confronto com o Hamas. O que ocorre é genocídio. Atirar em famintos é crime de guerra. E quem se cala diante disso, carrega junto a culpa. O mundo assiste. Mas até quando vai fingir que não vê?
Leia aqui o relato emocionante da médica Kholoud Jarada sobre a fome, a que ela mesma está sendo submetida:
Com informações do Brasil 247
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