1197 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Jair Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial para avaliar a real necessidade de cirurgias solicitadas por sua defesa. O exame será conduzido por médicos da Polícia Federal (PF) e deve ser realizado no prazo de quinze dias.
Na decisão, o ministro foi direto ao determinar a realização da perícia pela PF para avaliar a necessidade de “imediata intervenção cirúrgica apontada pela defesa”. Moraes questionou a urgência alegada, lembrando que Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal desde 22 de novembro e que sempre teve garantido “atendimento médico em tempo integral”, sem registro de qualquer emergência clínica até o momento.
O ministro também argumentou que os documentos médicos apresentados pelos advogados de Bolsonaro não são recentes. Segundo Moraes, o laudo mais novo foi feito há três meses, “sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica”. Bolsonaro cumpre pena de vinte e sete anos e três meses pelo caso da trama golpista desde 25 de novembro.
A solicitação de perícia surgiu após os advogados de Bolsonaro pedirem autorização para que ele fosse levado a um hospital particular para realizar procedimentos cirúrgicos. A defesa alegou que médicos recomendam "imediata internação hospitalar, de cinco a sete dias", devido a dores inguinais agravadas por crises de soluços. Segundo o relatório, o tratamento indicado envolveria cirurgia sob anestesia geral, justificando a remoção do local de custódia.
Além da cirurgia, os advogados também pediram que o ex-presidente seja transferido para prisão domiciliar humanitária. A defesa argumenta que a medida estaria "em consonância com a jurisprudência firmada desta Suprema Corte e com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, do direito à saúde e da proteção integral ao idoso", sugerindo ainda o uso de monitoramento eletrônico.
Vale lembrar que Bolsonaro já esteve em prisão domiciliar entre 4 de agosto e 22 de novembro. Na ocasião, a medida havia sido tomada após o ministro entender que o ex-presidente utilizou redes de aliados para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal”. A nova decisão de Moraes busca clareza técnica antes de deliberar sobre qualquer privilégio hospitalar ou domiciliar.
Com informações do DCM
Plantão Brasil foi criado e idealizado por THIAGO DOS REIS. Apoie-nos (e contacte-nos) via PIX: apoie@plantaobrasil.net
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.