Fake news de médico bolsonarista diz que que hospitais recebam R$ 18 mil por cada óbito da Covid-19

Portal Plantão Brasil
25/6/2020 18:54

Fake news de médico bolsonarista diz que que hospitais recebam R$ 18 mil por cada óbito da Covid-19

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1633 visitas - Fonte: DCM

São falsas as afirmações feitas em um vídeo postado no Facebook pelo médico Édison Carmo, de Minas Gerais, dizendo que hospitais recebem R$ 18 mil para cada registro de óbito pelo novo coronavírus.





No vídeo, um homem não identificado mostra uma declaração de óbito de um morador do interior do Rio Grande do Sul. No documento, consta que ele tinha suspeita de covid-19. O autor do vídeo diz, mais de uma vez, que conversou com “o médico” que assinou a declaração e que ele teria confirmado que a informação foi incluída apenas para que o hospital pudesse receber o valor. Ao fazer a postagem, Carmo insinuou que isso estaria por trás do elevado número de óbitos no país. “Entendem agora o altíssimo número de mortes por covid-19?”, questionou.



As informações não são verdadeiras porque a definição dos valores destinados pelo Ministério da Saúde para ações de enfrentamento à pandemia não toma como base o número de pacientes infectados ou mortos. A vítima em questão sequer foi atendida em um hospital e, sim, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Além disso, tudo indica que o autor do vídeo não teve qualquer contato com a profissional que assinou a declaração de óbito — uma médica mulher. A inclusão da suspeita no documento atendeu a uma recomendação de órgãos de saúde.





O cardiologista bolsonarista Édison Bernardo do Carmo. Foto: Reprodução/Facebook



O responsável por compartilhar o vídeo é o cardiologista Édison Bernardo do Carmo, com inscrição ativa junto ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais. Morador do município de Patos de Minas, ele trabalha no Instituto do Coração do Alto Parnaíba e mantém um consultório particular.





Em seu perfil no Facebook, onde costuma publicar conteúdos de apoio ao governo Bolsonaro e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), indica como um de seus locais de trabalho o Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. Por telefone, porém, ele informou que apenas cursou residência médica no hospital paulista. Atualmente, devido às orientações de distanciamento social e por integrar os grupos de risco (tem 61 anos), Carmo disse que está atendendo somente no consultório, sem frequentar Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).



Questionado a respeito da publicação, ele alegou desconhecer a origem do vídeo e disse que não sabe quem é o sujeito que fala na gravação. Carmo alegou que compartilhou o vídeo após recebê-lo via WhatsApp de um colega, mas não tem lembrança de quem se trata, e que não imaginava a repercussão. Disse, inclusive, que se arrependeu de postar e que, quando decidiu apagar, a publicação já havia sido retirada pela própria rede social.



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