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A rusga entre o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) com o irmão e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em torno da comunicação da campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL) ganhou novos contornos após as primeiras veiculações das inserções partidárias do PL. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o mal-estar foi explicitado por Carlos ao ironizar no Twitter a campanha do partido na TV.
“Vou continuar fazendo o meu aqui e dane-se esse papo de profissionais do marketing…. Meu Deus!”, escreveu o parlamentar após a veiculação de uma das peças publicitárias.
O senador Flávio Bolsonaro, que é alinhado ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, responde pela comunicação institucional da campanha, que inclui as inserções de televisão e rádio, com o principal objetivo de dialogar com a parcela do eleitorado conservador mais moderado que não integra a bolha radical do bolsonarismo. Já o vereador Carlos Bolsonaro responde pelas redes sociais, onde incita a militância mais aguerrida, o chamado “bolsonarista raiz”.
Nesta campanha, diferentemente da que o elegeu em 2018, Jair Bolsonaro - que está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todas as pesquisas de intenção de voto e corre o risco de perder a eleição no primeiro turno - aceitou as recomendações do núcleo político e deve priorizar o horário eleitoral em detrimento das redes sociais, o que teria provocado a irritação do vereador.
“Aliados avaliam que o presidente deverá ter cerca de três minutos para propaganda no rádio e na TV em cada bloco diário. Pelos cálculos de interlocutores da pré-campanha, a produção na TV vai consumir cerca de R$ 10 milhões. O pacote da pré-campanha já custou até agora R$ 1,5 milhão – valor ainda menor que o projetado por outros pré-candidatos”, ressalta a reportagem.
Ainda segundo o periódico, “o marqueteiro Duda Lima, que produziu os comerciais, passou a ser criticado por pessoas próximas à família Bolsonaro e que têm ligação com o conselho de comunicação. Em caráter reservado, um conselheiro do grupo afirmou que as inserções citam uma agenda negativa que estaria superada – pandemia (o rótulo de ’genocida’) e corrupção (caso das rachadinhas)”. As peças publicitárias, porém, foram aprovadas por Flávio e pelo próprio Bolsonaro.
As discordâncias sobre a condução da estratégia de comunicação adotada teria levado Carlos a não participar mais das reuniões formais da pré-campanha, que conta com a participação do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que atuam como uma espécie de conselheiros do núcleo eleitoral.
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