437 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O Campo Brasil, local histórico em Rafah, Gaza, que marcou o início da primeira missão de paz do Brasil quase sete décadas atrás, encontra-se hoje sob ataques e bombardeios frequentes. Este bairro, transformado em área residencial para refugiados palestinos ao longo dos anos, enfrenta agora uma nova onda de violência por parte de Israel, intensificada desde 2023 e prosseguindo em 2024, levando a uma devastação sem precedentes.
Desde a ofensiva de 2014 em Gaza, o Campo Brasil já havia sido atingido, mas a escala de destruição atual é muito maior. Relatos de moradores de Rafah e de brasileiros em contato com a região destacam a constância dos bombardeios. A ONU reporta que cerca de 34% dos edifícios em Gaza foram destruídos ou danificados pelo conflito, sublinhando a gravidade da situação.
Apesar de Rafah ter sido considerada uma área relativamente segura nos últimos meses, até mesmo sendo apontada pelos israelenses como local para realocação de civis, agora, segundo a ONU, nenhuma parte de Gaza está a salvo dos ataques. O temor de uma invasão terrestre por Israel em Rafah aumenta, o que poderia exacerbá a crise humanitária na região. Israel defende suas ações alegando que Rafah se tornou um bastião para o Hamas.
A triste ironia recai sobre o Campo Brasil, símbolo da participação brasileira em missões de paz, que agora testemunha o horror do conflito. Em 1957, o Batalhão Suez do Brasil foi enviado para proteger os palestinos, permanecendo na região em missões intermitentes por uma década. Após a saída das tropas brasileiras, a área, então transformada em lar para refugiados palestinos, preservou o nome dado pelos brasileiros, simbolizando um legado de paz agora ensombrado pela guerra.
Com informações do DCM
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