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A colunista Míriam Leitão, conhecida por suas análises pertinentes, recentemente questionou a timing da visita oficial do Partido dos Trabalhadores (PT) à China, considerando a atual ofensiva da extrema-direita, que propaga falsas narrativas sobre o comunismo e uma suposta ditadura no Brasil. É importante esclarecer que o PT sempre administrou o país de maneira democrática e essa viagem já estava agendada desde a visita do dirigente do Comitê Central do PCCh, Li Xi, ao Brasil no ano passado.
Desde há 40 anos, o PT mantém relações políticas com o PCCh, e há mais de cinco décadas, o Brasil e a China reataram suas relações diplomáticas, fortalecendo-as substancialmente em 1993 com uma parceria estratégica. A China tornou-se nosso principal parceiro comercial, e essa relação foi intensificada desde o primeiro mandato do presidente Lula, sendo crucial para o sucesso das exportações brasileiras e para o fortalecimento da nossa economia.
Apesar de reconhecermos e respeitarmos o rápido desenvolvimento econômico e social da China sob sua governança comunista, o PT nunca procurou replicar o modelo político chinês. Defendemos um socialismo democrático, adaptado à nossa realidade e condições, visando sempre o bem-estar do povo brasileiro, lutando contra a miséria e buscando condições de vida dignas para todos.
Na visita, o que se observou foi uma sociedade que prospera sob um governo comunista, que planeja meticulosamente seu desenvolvimento através de investimentos maciços em indústria, infraestrutura e tecnologia. A China tem como objetivo investir 10% de seu PIB em pesquisa e desenvolvimento, o que nos leva a questionar: qual deveria ser nossa meta para alcançar um desenvolvimento similar?
O PT, ao longo de sua trajetória, sempre foi transparente em suas posições e defendeu suas causas democraticamente. É fundamental que a elite brasileira adote uma postura mais audaciosa para transformar o Brasil em uma potência global reconhecida, sem temer debates conjunturais que, se ignorados, podem comprometer nosso desenvolvimento.
Por fim, enquanto o agronegócio e o setor de minérios reconhecem o valor da parceria com a China para seus interesses, é paradoxal que críticas ao regime político chinês venham de setores que diretamente se beneficiam e sustentam essa relação. Se há críticas ao modelo chinês, elas não devem impedir o reconhecimento de suas conquistas ou a continuidade de relações comerciais que são mutuamente vantajosas.
Com informações do DCM
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