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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (22) que o massacre em Gaza não se resume ao extermínio do povo palestino, mas representa uma tentativa brutal de destruir o sonho de existência da Palestina como nação. A declaração foi feita na Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão Palestina, em Nova York, evento que antecedeu a Assembleia Geral da ONU.
Lula foi categórico: “Tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir. Trabalhar para efetivar o Estado palestino é corrigir uma assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz”. O presidente destacou que reconhecer a Palestina é um ato de justiça e um passo indispensável para restituir a força do multilateralismo e da cooperação internacional.
Ao denunciar o genocídio em curso, Lula lembrou que até mesmo a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados classificou a situação como genocídio. Embora tenha reiterado a condenação do Brasil aos ataques terroristas do Hamas, o líder brasileiro destacou que “o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis”.
O petista criticou duramente o uso da fome como arma de guerra: “Nada justifica usar a fome como arma, nem alvejar pessoas famintas em busca de ajuda. Meio milhão de palestinos não têm comida suficiente, mais do que a população de Miami ou Tel Aviv. A fome não aflige apenas o corpo, ela estilhaça a alma.”
Lula reafirmou ainda o apoio do Brasil ao processo movido pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça, que cobra o reconhecimento pleno do Estado Palestino. Ele recordou que o Brasil reconheceu a Palestina em 2010 e que a maioria dos 193 países da ONU já tomou a mesma decisão. Para o presidente, a expansão ilegal de assentamentos e a limpeza étnica solapam os três pilares de qualquer Estado: território, população e governo.
Em tom firme, Lula voltou a questionar a paralisia do Conselho de Segurança da ONU, bloqueado pelo poder de veto de potências que patrocinam a impunidade. Defendeu, assim, a criação de um órgão semelhante ao Comitê Especial contra o Apartheid, que ajudou a derrotar a segregação racial na África do Sul. “Assegurar o direito de autodeterminação da Palestina é um ato de justiça e um pacto essencial para recobrar nosso sentido coletivo de humanidade”, concluiu.
Com informações do Brasil 247
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