29/4/2015 15:21

GLEISI REPUDIA VIOLÊNCIA DA POLÍCIA DE RICHA

1486 visitas - Fonte: Brasil 247

Em nota divulgada nesta terça (28), a senadora Gleisi Hoffman, ela manifestou seu repúdio "veemente à violência praticada pelo governo Beto Richa contra os professores e trabalhadores da educação do nosso Estado do Paraná"; "Ontem alertei da tribuna do Senado para o risco dessa política de menosprezar o diálogo e de recusar a negociação, preferindo o confronto e a falta de tolerância. Beto Richa quebrou o estado do Paraná, com sua falta de responsabilidade e de capacidade para governar. Vivemos um apagão na gestão do nosso Estado", critica



Em nota divulgada nesta terça-feira (28), a senadora Gleisi Hoffman, ela manifestou seu repúdio "veemente à violência praticada pelo governo Beto Richa contra os professores e trabalhadores da educação do nosso Estado do Paraná". "Ontem alertei da tribuna do Senado para o risco dessa política de menosprezar o diálogo e de recusar a negociação, preferindo o confronto e a falta de tolerância. Beto Richa quebrou o estado do Paraná, com sua falta de responsabilidade e de capacidade para governar. Vivemos um apagão na gestão do nosso Estado", critica ela.



E diz mais: "Claro que essa situação exige medidas de austeridade, mas o governador Beto Richa preferiu o caminho mais fácil: gastar os recursos da previdência dos nossos servidores. Sinal de que vai continuar gastando de maneira irresponsável, sem compromisso com o presente e arruinando o futuro".



A parlamentar afirma que Richa "mandou a Polícia Militar cercar a Assembleia Legislativa, transformando a Casa do Povo num grande camburão". "Não satisfeito, mandou a PM atacar os professores enquanto dormiam, em vigília na praça Nossa Senhora de Salete. Um ataque brutal e covarde. Se queriam desocupar a praça, que o fizessem com ordem judicial e à luz do dia, não durante a madrugada, para evitar o testemunho da imprensa. É o auge do autoritarismo de um desgoverno que quebrou o Paraná e só consegue votar suas propostas embarcando deputados num camburão, cercando a Casa do Povo e agora, batendo em professores que defendem seus direitos", disse.



Abaixo artigo da senadora sobre a situação do Paraná:



Falta de planejamento do Governo Richa se sobrepõe a direitos e conquistas dos trabalhadores



O que estamos assistindo em nosso Estado, nos últimos dias, envergonha todos os paranaenses e causa preocupação.



É vergonhoso ver a Assembleia Legislativa do Paraná sitiada e os paranaenses impedidos de entrar na Casa que deveria legislar a favor do povo. A ordem partiu do governo para garantir a votação do projeto de lei que promove mudanças no Regime Próprio de Previdência Social do Estado. Ao invés de apostar no diálogo, o governador Beto Richa prefere usar a repressão. Ao determinar o cerco policial na Assembleia, o governador ultrapassou todos os limites do bom senso e vai entrar para a história como o inimigo número um da Educação do Paraná.



A situação também é motivo de muita preocupação se lembrarmos o que ocorreu, recentemente, durante a última greve, com bombas e balas de borracha sendo atiradas contra os professores. Agora, com os ânimos mais acirrados e uma quantidade muito maior de policiais, a situação pode sair ainda mais do controle.



A nossa preocupação é ainda maior com o futuro dos servidores públicos do Paraná. Se as mudanças propostas pelo Governo Beto Richa, para equilibrar o caixa do Tesouro Estadual, forem aprovadas, o novo sistema vai aniquilar a poupança previdenciária. Ou seja, com o Estado quebrado, o governador quer resolver seus problemas gastando a poupança destinada a pagar as aposentadorias dos servidores do Paraná. Mas, em médio prazo, vai agravar a situação e deixar que a desordem se instale de vez no Estado. Se a proposta dele fosse séria, sustentável, ele não precisaria de armas e cacetetes para proteger os deputados.



É impressionante o quanto a falta de planejamento do Governo Beto Richa se sobrepõe a direitos e conquistas fundamentais de quem serve efetivamente ao nosso Estado, independentemente deste ou daquele governante. Afinal, estamos diante de um problema de caixa decorrente da irresponsabilidade fiscal do governo, cuja solução proposta passa pela revisão sem qualquer cuidado ou aprofundamento de todo um sistema previdenciário.



Para se ter uma ideia do nível da falta de compromisso e seriedade com que o assunto é tratado, juntamente com outros parlamentares da bancada federal do Paraná, solicitamos uma análise do projeto junto ao Ministério da Previdência Social. E a resposta é claríssima ao afirmar que, para a análise conclusiva do órgão, falta a apresentação dos elementos e estudos técnicos atuariais que são indispensáveis à avaliação dos resultados e impactos financeiros.



Toda essa situação decorre, única e exclusivamente, da incompetência de um governo que a cada momento se supera no desmonte do Estado e na degradação das contas públicas. E, o pior de tudo, com aval daqueles que se dizem defensores do povo, já que a base aliada do governo na Assembleia garantiu a primeira vitória, aprovando o projeto por 31 votos a 21. A proposta ainda deve passar por segundo turno e redação final antes de voltar para sanção do Poder Executivo.



Um projeto que diz respeito à vida de milhares de trabalhadores não poderia ser aprovado em regime de urgência, principalmente porque os deputados já conhecem a posição contrária do Ministério da Previdência sobre o assunto. A Assembleia jamais deveria votar sem o respaldo de quem tem responsabilidade de regulamentar as mudanças.

Faço um apelo para que a Assembleia não se preste ao papel de agir como cúmplice do governador Beto Richa e se posicione a favor dos trabalhadores, fazendo esse debate com cautela e tempo.



E peço ao governador para que, por favor, retire os policiais do entorno da Assembleia Legislativa. Nós não precisamos de polícia para ficar guardando a Casa do Povo. Espero, sinceramente, que o governador Beto Richa desista dessa estratégia e volte a dialogar com os servidores públicos. Ele não pode tratar os trabalhadores com esta violência e descaso, desrespeitando documentos firmados e desrespeitando, acima de tudo, o trabalho, a dedicação e a coragem de todos os servidores públicos estaduais em prol do povo paranaense.

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