PETRÓLEO: O QUE VALIA ANTEONTEM, NÃO VALE HOJE NEM VALE AMANHÃ. MAS VALE SEMPRE.

Portal Plantão Brasil
2/2/2015 14:51

PETRÓLEO: O QUE VALIA ANTEONTEM, NÃO VALE HOJE NEM VALE AMANHÃ. MAS VALE SEMPRE.

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1178 visitas - Fonte: Tijolaço

A frase do título é obvio, se refere aos preços do petróleo no mercado internacional.



E para o petróleo, como insumo estratégico, para o progresso industrial dos países.



O “brent”, que valia 48 dólares o barril na quinta-feira, beira, neste momento, 55 dólares.



Como, três meses atrás, rondava os 100 dólares.



Não deve ser, ainda, uma tendência de retorno àqueles patamares, mas é a prova do quanto é preciso ter de cautela quando se toma decisões de médio e longo prazo num mercado em que – é só multiplicar os dólares de variação por milhões de barris diários – as diferenças de valores são brutais.



Não se mudam, por isso, decisões estratégicas. Nem econômicas e nem as geopolíticas. Ou alguém acha que os EUA vão reduzir suas pressões militares sobre o Oriente porque o mercado “spot” de óleo em Roterdã despencou?



As contas que se faz com petróleo não são destas que se possa fazer a lápis, num resto de papel de pão. Mesmo nos papéis de pão “moderninhos”, com modelos matemáticos.



É por isso que, além do desastroso (porque inservível) ensaio de balanço de perdas de ativos com que a Petrobras se autoflagelou na semana passada, estão erradas as decisões de paralisação ou até mesmo desmobilização de projetos anunciadas.



Não apenas porque não se pode prever preços, como porque não se pode prever as flutuações das economias.



E, sobretudo, porque o petróleo, seus derivados e sua cadeia de produção jogam um papel vital no desenvolvimento econômico de um país.



A Petrobras nasceu política – ou será que não era mais barato comprar petróleo aos 2 dólares por barril daqueles tempos do que cava-lo no nosso desconhecido subsolo? – , cresceu política e precisa da política para continuar a ser uma das maiores petroleiras do mundo: aliás, a que mais extrai petróleo no mundo, entre as que possuem operação própria.



É evidente que ela necessita dos altos padrões de especialização que construiu – tecnológica, operacional e gerencialmente – mas é impossível governar esta empresa sem o olhar estratégico que só os homens (e mulheres) de Estado possuem.



Até porque, nos céus de brigadeiro, todos eles sabem o que fazer no comando.



Na guerra, porém, entreolham-se, amedrontados, e se enfiam nos buracos.



Nas empresas privadas, processos de investigação internos muito semelhantes – como o da Siemens, que pagou mais de 1 bilhão de euros em multas por corrupção – jamais puseram em risco nem as atividades, nem os investimentos da organização – são tratados sem a autoflagelação que está ocorrendo na nossa petroleira.



A Petrobras ter chegado ao que é hoje não foi fruto da covardia, mas da ousadia política que só o amor ao Brasil pode dar aos estadistas.



Não é a política que criou problemas para a Petrobras.



Até porque, ao que se sabe até agora, todas as roubalheiras foram operadas por funcionários de carreira e os eventuais sobrepreços – se hiva – passaram inquestionados pelo seu corpo técnico.



Mas é a omissão política que pode causar a ela o pior revés possível, só menor do que ao Brasil.



O de impedi-la de ser o instrumento que faça o petróleo do pré-sal ter controle e sinergia com o Brasil.



Ou vão concluir que é mais barato chamar a Chevron?



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