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Em entrevista à Veja, o ministro do STF Alexandre de Moraes passou pano para Jair Bolsonaro, depois que o presidente pôs o rabo entre as pernas e assumiu uma postura de coalizão. “Nunca vislumbrei ruptura democrática”, disse Moraes, que já foi vítima de ameaças por parte de bolsonaristas, como a terrorista Sara Winter.
Confira um trecho da entrevista:
Os recentes conflitos entre os poderes ameaçaram a estabilidade democrática? Temos 32 anos de estabilidade democrática, o que não significa 32 anos de tranquilidade. São coisas diferentes. O que consagra uma democracia nos moldes ocidentais? Eleições livres, justas e periódicas. Poder Judiciário independente. Imprensa livre. Não tivemos nenhuma eleição desmarcada. Tivemos dois impeachments e uma enorme crise econômica, social e ética. Ninguém pensou em adiar as eleições em 2018. Agora, estamos no meio de uma pandemia e ainda assim teremos eleições. O Poder Judiciário é independente. E a imprensa é livre. Então, vivemos em uma estabilidade democrática.
Alguns setores, inclusive do Judiciário, disseram que o governo Bolsonaro abalou essa estabilidade democrática… A meu ver, não. Houve, sim, a tentativa por parte de alguns grupos radicais, principalmente nas redes e, depois, usando tochas e rojão com ofensas e ameaças ao Supremo. Mas as instituições reagiram dentro da Constituição. Isso faz parte do jogo democrático e do estado de direito. Em nenhum momento vislumbrei qualquer possibilidade de ruptura institucional ou de ruptura democrática. Seria leviano afirmar que o governo apoiava os ataques e as ameaças.
Em entrevista a VEJA, o ministro Luiz Ramos alertou o Supremo para não esticar a corda. Isso não foi uma ameaça? O Ramos tem todo um estilo peculiar. A questão é: aconteceu alguma coisa? Não. Mesmo nos momentos em que várias figuras do Executivo fizeram manifestações ríspidas em relação a decisões do Supremo, qual foi a postura prática adotada? Foi recorrer ao próprio Supremo. É o que a legislação permite. (…)
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