Diretor da Saúde deu aval para reverendo negociar compra de vacina superfaturada

Portal Plantão Brasil
4/7/2021 17:28

Diretor da Saúde deu aval para reverendo negociar compra de vacina superfaturada

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1158 visitas - Fonte: Poder360

E-mails revelados em reportagem do Jornal Nacional neste sábado (3.jul.2021) mostram que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz, deu aval para que o reverendo Amilton Gomes de Paula e a Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários) negociassem a compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca por US$ 17,50 a dose com a empresa americana Davati Medical Supply.







Segundo o Jornal Nacional, os e-mails foram confirmados pelo representante comercial da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho, que estava copiado nas mensagens. De acordo com a reportagem, os seguintes personagens estavam envolvidos no intermédio de contrato com a empresa e o governo brasileiro:



Laurício Monteiro Cruz — diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde;

Reverendo Amilton Gomes de Paula — presidente e fundador da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários);

Élcio Franco — ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, exonerado em 26 de março. Segundo o Jornal Nacional, Élcio teria participado de reunião com o representante da Davati, Cristiano Carvalho, do dia 12 de março;

Cristiano Carvalho — representante comercial da Davati no Brasil;

Hélcio Bruno de Almeida — coronel do Exército que teria participado de reunião sobre a negociação de vacinas com Élcio Franco e Cristiano Carvalho.

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O valor de US$ 17,50 por dose indicados pelo reverendo no e-mail à Davati representa 3 vezes mais do que os US$ 5,25 que o Ministério da Saúde pagou em cada dose da vacina AstraZeneca comprada em janeiro, de um laboratório na Índia.







A quantia é bem maior do que os US$ 3,50 mencionados pelo cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominghetti em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. Dominghetti se apresentou como vendedor autônomo de vacinas da Davati e intermediário entre a empresa e o Ministério da Saúde na mesma negociação de 400 milhões de doses.



A negociação não foi concretizada. A AstraZeneca afirmou que não negocia a venda de vacinas por meio de empresas ou representantes comerciais, e vende diretamente à governos e o consórcio Covax.



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