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O jurista Walter Maierovitch disse hoje que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tentará barrar uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após reportagem do UOL revelar participação direta do presidente no recolhimento de salários do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
"Numa República, não existem pessoas acima de qualquer suspeita, tudo precisa ser investigado ainda mais uma denúncia dessa", comentou Maierovitch ao UOL News. "Mas diante de um Aras da vida, e de uma Polícia Federal que é controlado pelos filhos do presidente e por Bolsonaro, me parece que estamos em camisa de sete varas, sem poder nos mexer".
Uma possível investigação seria conduzida por Aras porque Bolsonaro tem foro privilegiado sendo presidente da República. Segundo o jurista, Aras é visto como membro da tropa de choque do presidente e tem a palavra final em questões criminais.
Segundo Maierovitch, Bolsonaro pode ser acusado de crime organizado, peculato, organização criminosa e corrupção.
O jurista lembra que há lei complementar na Constituição que prevê que, se procurador-geral prevaricar, ele pode ser denunciado criminalmente pelo Conselho Superior do Ministério Público e um sub-procurador seria designado para apresentar a denúncia.
"O Aras não está com essa bola toda. Basta a gente perceber", afirmou ele.
Assista:
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