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Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza sua primeira reunião de 2024, marcada para terça (30) e quarta-feira (31). Há uma forte expectativa de que a taxa Selic sofra um novo corte, chegando a 11,25%, o que representaria o menor nível em quase dois anos. Esse possível corte é embasado por fatores como a queda atual nos preços, a redução das taxas de juros de longo prazo internacionalmente, especialmente nos Estados Unidos, e os progressos nas políticas de equilíbrio fiscal do governo brasileiro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2023 com um aumento de 4,62%, ficando dentro do intervalo da meta de inflação. Para 2024, a projeção é de que a tendência de queda no índice se mantenha, influenciando na trajetória de diminuição da Selic. O economista André Perfeito prevê que a taxa básica de juros encerre o ano em 9,75%, mas aponta para uma possível elevação na inflação, sobretudo após a recente divulgação do IPCA-15.
As projeções de inflação do Boletim Focus estão em 3,86% para 2024 e 3,5% para os anos seguintes, acima do centro da meta de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual. Este cenário suscita preocupações no Banco Central quanto à aceleração do ritmo de cortes da taxa básica de juros, uma medida almejada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe econômica.
Outra questão em pauta é o crescimento dos empréstimos subsidiados por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que poderia atenuar os efeitos da política monetária. O aumento no volume desses recursos, o chamado "crédito direcionado", pode exigir um aumento na taxa de juros do "crédito livre" para controlar a inflação.
Na semana passada, o governo anunciou um plano de incentivo à indústria, elevando preocupações sobre uma possível retomada do crédito subsidiado, que foi característico durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Apesar de a maior parte dos recursos ser baseada em taxas de mercado, a iniciativa gera alerta sobre um potencial retorno a essa forma de crédito.
Com informações do DCM
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