Poder público dá troco e pergunta: e você, não é corrupto?

Portal Plantão Brasil
13/2/2014 13:30

Poder público dá troco e pergunta: e você, não é corrupto?

Você paga propina para evitar multa? Rouba TV a cabo? Campanhas da CGU e CNJ direcionam holofotes para cidadão e alertam que corrupção não é exclusividade de políticos

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1640 visitas - Fonte: Exame.com

Não se sabe se é coincidência, mas duas recentes campanhas virtuais de órgãos públicos decidiram tocar exatamente no mesmo ponto: a corrupção do brasileiro. Não dos políticos, nem do governo, mas de cada cidadão residente no país. Aceitou troco errado? Apresentou atestado médico falso? Furou fila? Então você está na mira das últimas cartadas postadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).



A CGU é mais um dos ministérios de Dilma, e é responsável por fiscalizar a idoneidade das ações e dos servidores do Executivo.



O CNJ é o órgão administrativo de controle do Judiciário.



No último domingo, a controladoria publicou em seu perfil no Facebook uma espécie de “grand finale” de uma campanha já antiga, lançada em meados do ano passado, contra as chamadas “pequenas corrupções”.



Aparentemente, tocou em uma ferida nacional: com quase 120 mil compartilhamentos até o momento, é um estouro em termos de mídias sociais (veja imagem acima).



Também, pudera: os comportamentos listados ali – usados para lembrar que a corrupção não é exclusividade do Estado – incluem condutas que, embora reprováveis, não parecem distantes do universo de nenhum brasileiro.



Atos como “colar na prova” e “tentar subornar o guarda para evitar multas” não têm o poder de chocar ninguém.



No Facebook, o apoio foi maciço. "Queremos que policiais, servidores públicos, entre outros, sejam de "primeiro mundo" mas nosso comportamento não o é", disse um internauta identificado como Mário Carvalho.



O CNJ vai por caminho semelhante. “E aí? Vai estacionar em vaga de deficiente? O combate à corrupção começa com você”, provoca a campanha lançada no último 9 de dezembro, no Dia Internacional contra a Corrupção.



Coincidentemente, as duas iniciativas acontecem próximas à entrada em vigor da chamada Lei Anticorrupção, que passou a valer no fim do mês passado.



A intenção desta última é facilitar a punição das empresas que praticam atos ilícitos relacionados ao poder público, como subornar servidores ou fraudar licitações.



É mais um lembrete que a desonestidade não é restrita ao governo – a velha máxima de que para haver um corrupto, tem que haver um corruptor -- o que nos leva a este tuite, não muito recente, da campanha do CNJ.



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