1698 visitas - Fonte: Conversa Afiada
A revista Carta Capital traz Paul Krugman ao Brasil.
Por isso, na edição desta semana – onde se lêem primorosas análises do Mino, do Mauricio Dias e do Marcos Coimbra – Eduardo Graça publica importante entrevista com o Prêmio Nobel de Economia de 1998.
Como se sabe, Krugman está longe de equiparar-se intelectualmente à Urubóloga, a mais exuberante pensadora neolibelês (*) que o Brasil foi capaz de produzir.
Nem o Padim Pade Cerra – agora, memorialista do Golpe de 1964 – construiu obra que à dela se compare.
Krugman escreve no New York Times e a Urubóloga no Globo.
Logo, ela deve olhar para ele de cima para baixo…
Mesmo assim, nessa entrevista, Krugman faz observações pertinentes, embora sujeitas a replicas devastadoras da Urubóloga.
Diz ele:
- apesar do que disse o FED americano, o Brasil não está vulnerável;
- não há um déficit gigantesco em moeda estrangeira, a situação fiscal é aceitável; e a inflação não é significativamente alta;
(Na verdade, no artigo que escreveu sábado no New York Times – não é o mesmo que o Globo, mas … -, Krugman relembra que ATÉ o FMI adverte que uma inflação muito baixa traz o perigo da “lowflation”: a economia corre o risco de “japonificar-se” e cair na armadilha da estagnação econômica com divida intratável.
Krugman sugere que o FED americano aumente a meta de inflação, para alguma coisa entre cinco ou seis por cento, para permitir uma aceleração do aumento dos salários.
Por essas e outras, o Lula ainda vai ganhar o Prêmio Nobel de Economia.)
- o fato de o Real ter sido, recentemente, a moeda que mais se valorizou “é uma prova de que a economia brasileira tem capacidade de navegar nos altos e baixos das flutuações monetárias, com eventuais solavancos”.
- não foi a injeção de estímulos na economia que originou o fluxo de capitais para o Brasil, e sim a depressão econômica nas grandes economias do Norte;
- Brasília não deveria reagir com mão pesada à desvalorização do Real;
- Brasília deveria se preocupar um pouco com a possibilidade de crescimento da inflação, mas o maior perigo é o Banco Central apertar demais os cintos em um esforço para proteger o Real.
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