25/3/2021 22:28

O assessor especial de Bolsonaro não está sozinho

2581 visitas - Fonte: Plantão Brasil/Youtube

*Por Aurea Julio



"O que pode ter em comum um barão escocês nascido no Brasil, judeu, que já foi detentor de passaporte moçambicano, com uma extensa ficha criminal na África, negócios em Israel, processos de vários tipos em três continentes, e o Presidente da República Federativa do Brasil?"







É com essa pergunta estranha que Lucas Baqueiro inicia sua narrativa sobre um dos personagens mais esdrúxulos, para não dizer assustadores, que frequentam o Palácio do Planalto e privam da amizade do atual Presidente.



O autor do artigo ’O homem que sabia javanês’, traça a biografia de Camilo Pereira, tio do atual assessor especial de Bolsonaro, Filipe G. Martins, que acaba de causar um escândalo ( mais um) no governo Bolsonaro. Ao fazer o gesto dos supremacistas brancos em plena sessão do Senado, enquanto o presidente da casa falava sobre problemas na gestão da pandemia, entre outros, Felipe Martins causou fortes reações dos políticos e dos brasileiros.



Mas, por que falar do tio de Filipe Martins nesse momento de crise? Por que falar de um charlatão cuja vida poderia ser uma série da Netflix, como diz o autor do artigo?







Acontece que o sujeito, "repentinamente transformado em lobista político, desde a ascensão de seu sobrinho à posição de eminência parda do Presidente da República, apresenta-se como um empresário de lastro internacional com negócios em segurança, tecnologia e armas." e tem trânsito livre no Planalto.



Credenciado pelo Ministério da Agricultura em missão comercial internacional, já representou o Brasil no exterior.



Jair Bolsonaro já participou de eventos promovidos pelo escroque, o que, de certa forma autorizou o nefasto cidadão a frequentar os gabinetes dos Ministros de Estado, tranquilamente e oferecer negócios a instituições públicas federais.



Transformado em chanceler da falsa Ordem” do Mérito Cívico e Cultural, o tio de Filipe Martins, condecorou o embaixador israelense no Brasil, Yossi Avraham Shelley, com uma comenda falsa. O embaixador israelense foi enganado, se deixou enganar, ou foi a presença ao evento e participação do momento de imposição da falsa condecoração do próprio Presidente da República, Jair Bolsonaro, que induziu a erro o embaixador?







Lucas Baqueiro termina seu artigo perplexo pela constatação de que "Um falso nobre, falso judeu, processado por múltiplas fraudes, acusações de tráfico internacional de armas, divulgação de pornografia falsa, praticando lobby na Esplanada dos Ministérios, tendo as portas abertas por seu sobrinho, parece uma história surreal até mesmo para o Brasil"



Porém em tempos de Bolsonaro na presidência, nada é surreal.







Leia o artigo na íntegra, para saber de detalhes que nem a mente mais fantasiosa poderia conceber para a vida de algum personagem de filme de horror.



Muito menos se poderia imaginar esse personagem transitando pelo Palácio do Planalto.





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