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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua preocupação com os desafios de trabalhar com um presidente do Banco Central que não foi escolhido por sua administração. Durante uma entrevista, ele discutiu a complexidade dessa dinâmica e sua visão sobre as políticas monetárias atuais, especialmente em relação à taxa Selic.
Haddad foi questionado sobre comentários recentes de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, que indicou que uma política fiscal menos transparente poderia levar a um aumento dos juros. O Ministro da Fazenda rebateu, recordando que durante o governo de Jair Bolsonaro houve uma quebra no teto de gastos, e mesmo no auge da pandemia, a taxa Selic foi reduzida a 2%.
Na entrevista, Haddad argumentou que seria surpreendente se a taxa Selic aumentasse dada a inflação de 0,16% em março, questionando as demandas feitas à economia brasileira. Ele também destacou os esforços do governo em eliminar gastos tributários ineficazes e mencionou um aumento na arrecadação acima da inflação, evidenciando uma melhoria na gestão fiscal.
Haddad também comentou sobre as expectativas de juros nos Estados Unidos, criticando o Federal Reserve por erros nas previsões que influenciaram globalmente as expectativas de mercado. Ele expressou ceticismo quanto a um aumento dos juros nos EUA, sugerindo que qualquer ciclo de cortes seria adiado.
As declarações do ministro ressaltam a tensão entre as políticas do Banco Central e as intenções fiscais do Ministério da Fazenda. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 7 e 8 de maio, será crucial para definir os próximos passos da política monetária brasileira.
Com informações da Folha de S.Paulo
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