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O jornalista Glenn Greenwald, um dos editores do site Intercept Brasil, que vêm divulgando irregularidades da Operação Lava Jato, criticou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após o ex-juiz defender Jair Bolsonaro no caso que envolve um esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas. De acordo com o jornalista, Bolsonaro tende a perder cada vez mais apoio da mídia tradicional.
"Reação de Moro a crise de candidaturas laranjas no PSL surpreende juízes e MPF, que falam em ’parcialidade’" - @folha. Moro está tornando impossível para todos - até a Globo (em breve) - negar quem ele realmente é", escreveu Greenwald no Twitter.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, um depoimento e uma planilha apreendida na apuração do caso levantam suspeita de que dinheiro do esquema das laranjas foi desviado para abastecer, por meio de caixa dois, as campanhas de Jair Bolsonaro e do ministro do Turismo, Álvaro Antônio, em Minas. Candidato a deputado federal na última eleição, o titular da pasta foi denunciado pelo Ministério Público (MP-MG). A Polícia Federal sugeriu a abertura de uma segunda investigação sobre o caso.
Ao defender Jair Bolsonaro, Moro disse no Twitter que "nem o delegado, nem o Ministerio Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR neste inquérito de Minas".
Em Minas, o ministro do Turismo teria patrocinado um esquema de candidaturas laranjas com verba pública da legenda. As quatro candidatas receberam R$ 279 mil. As quatro candidaturas somaram apenas cerca de 2 mil votos. O ministro negou irregularidades e disse que "a distribuição do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei".
O presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), teria apoiado o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo partidário para uma candidata "laranja" em Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, teria sido a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o País.
Ainda em Pernambuco, o agora ex-ministro Gustavo Bebianno liberou R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro a uma gráfica registrada em endereço de fachada. A gráfica é a mesma usada por Maria de Lourdes.
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