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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instaurada no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), avalia como positiva a primeira semana de depoimentos no colegiado e acredita que as próximas oitivas vão ajudar os senadores a identificar os motivos de tantas mortes provocadas pelo coronavírus no país e da escassez de vacinas para proteger a população contra a doença respiratória.
Em entrevista ao Estado de Minas, Omar Aziz criticou duramente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que, em seu depoimento à comissão, na quinta-feir passada, esquivou-se de responder perguntas sobre sua opinião quanto à defesa que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz do uso da hidroxicloroquina no tratamento precoce, medicamento sem eficácia científica comprovada contra a enfermidade.
“Está patente que ele é contra [a hidroxicloroquina], mas, para não magoar o presidente, ele não fala. Porque se ele fosse a favor, pode ter certeza que ele diria ‘eu sou a favor’”, diz o presidente da CPI, acrescentando que o depoimento do ministro “foi um dos piores”. Por essa razão, de acordo com o senador, ele “dificilmente não será reconvocado” para depor.
Segundo Omar Aziz, Queiroga deve ser ouvido novamente também porque, apesar de ter dito que tem autonomia no ministério, ele mantém em sua equipe a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Em depoimento ao Ministério Público Federal do Amazonas, ela assumiu que, durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, recomendou a médicos do Amazonas o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com COVID-19.
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